Governo do Estado admite cotas no Planserv

 

Em uma atividade ocorrida na terça-feira (27), no Teatro da Uneb, a coordenadora geral do Planserv, Cristina Teixeira Cardoso, admitiu a política de tetos orçamentários do governo #RuiCorta para a assistência à saúde dos servidores públicos. Para justificar a medida, a representante do plano tentou explicar que foi feito um teto contratual a partir de uma média histórica dos atendimentos.

“No ano passado fizemos algumas medidas de gestão chamando a rede de 1.400 prestadores credenciados na Bahia toda e dissemos: agora vamos ver qual é a média histórica e essa média será um teto contratual”, afirmou a gestora. Na ocasião, a própria Cristina admitiu que essa foi uma medida muito dura. A representante do Planserv não especificou os números nem como se chegou à referida média histórica.
Além de reconhecer o estabelecimento das cotas, Cristina também falou sobre a contratação de uma empresa privada na gestão do plano. 

Críticas e insatisfação
O Fórum das ADs considerou absurdo o estabelecimento das cotas e a defesa explícita da terceirização dos serviços de administração do plano. Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, repudiou a atitude do governo.
“Ainda que seja utilizado o nome indireto de ‘teto orçamentário’, o fato é que trata-se de uma implementação de cotas. A própria coordenadora do Planserv admitiu que a demanda cresceu, que esse crescimento é natural e, logo em seguida, afirmou que, para conter essa demanda, impôs restrições. Ou seja, para impedir as pessoas de utilizarem o plano, o governo implementou cotas ou o tal teto orçamentário. Isso é um absurdo e mostra o desrespeito do governo Rui Costa com a saúde dos funcionários públicos que utilizam o Planserv. As pessoas pagam por um serviço, mas são impedidas de usá-lo. O que é feito com estes recursos?”, demarcou Barroso.

Desde 2015, ainda sob as primeiras alterações, as Associações Docentes denunciam o sucateamento do Planserv. Em setembro do ano passado, o Fórum das ADs teve uma reunião específica com Cristina Cardoso e o Superintende de Recursos Humanos, Adriano Tambone, para questionar as alterações do plano. Na oportunidade as representações docentes apontaram o descredenciamento de hospitais e as sucessivas limitações no atendimento, na realização de exames e acesso às consultas.

Leia mais sobre os reflexos das cotas e restrições do Planserv nas cidades do interior da Bahia:

http://www.adusb.org.br/web/page?slug=news&id=9293&pslug=#.Wsu95ojwbIV

 

Fonte: Fórum das ADs