Carta de repúdio à violência contra mais uma liderança LGBT

O Grupo de Trabalho de Política de Classe, Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual da Adusb (GTPCEGDS) vem repudiar mais um caso de morte por LGBTfobia ocorrido no sudoeste da Bahia, no dia 18 de agosto. Este crime bárbaro e cheio de ódio aumentou as estatísticas por mortes contra os LGBTs no Brasil. A liderança LGBT na Bahia, Marcos Cruz Santana, tinha 40 anos e foi brutalmente assassinado.

O crescimento por mortes LGBTfóbicas, a exemplo de Marcos Tigresa, como era conhecido, demonstra o quanto nossa sociedade está estruturada na violência contra a diversidade LGBT e a necessidade de se aprofundar em debates políticos e ações sociais para combater o preconceito e a discriminação direcionadas a esta população. Esta população vem sendo silenciada e morta muitas vezes por questões relacionadas a sua vulnerabilidade social. Neste contexto, dentro da estrutura do sistema econômico vigente, a população LGBT não se enquadra no modelo de família imposto pela sociedade capitalista, que desempenha um papel central na sua consolidação. Por isso, a comunidade LGBT é estigmatizada e colocada constantemente sob julgamento, que por vezes são usados como justificativa para os assassinatos terrivelmente brutais, como o de Marcos.

Contra estas mortes por motivações banais, discriminatórias e alicerçadas pela sociedade burguesa é que devemos lutar. É preciso unificar a pauta pelo combate às questões que oprimem e retiram diretos, pois Marcos Tigresa era um dos líderes do Grupo Gay da Bahia que defendia fortemente os direitos dos homossexuais no Brasil.

É preciso resistir e lutar contra a intolerância e o medo que acometem esta população diuturnamente, matando e adoecendo. A luta lado a lado com esta população levará à construção de uma sociedade mais justa, igualitária e humana.