Em resposta às deliberações da reunião conjunta dos setores do Andes-SN, ocorrida no dia 9 de outubro, professoras e professores da Uesb realizaram assembleia na segunda-feira (15) para discutir a conjuntura política do Brasil. O texto político aprovado na reunião do Andes-SN foi amplamente discutido e aprovado com alterações. O documento discute os perigos da candidatura de Jair Bolsonaro para as liberdades democráticas, a organização sindical e os direitos da classe trabalhadora. Em conformidade com o estatuto do Andes-SN, a Adusb reafirmou a necessidade de assegurar a autonomia frente a partidos, reitorias e governos. No entanto, não ignorou a gravidade do cenário político no Brasil. A assembleia também defendeu o combate ao fascismo por meio da construção de frentes antifascistas.
Professores e professoras destacaram que a Adusb e o Andes-SN sempre estiveram em luta contra os ataques à educação e direitos trabalhistas, promovidos pelos projetos neodesenvolvimentistas em curso no Brasil desde o final dos anos 90, a exemplo das greves das Universidades Estaduais da Bahia e Universidades Federais.
Apesar das críticas, nota aprovada em assembleia reafirma que “temos consciência de que os tempos que se avizinham serão de ataque aos direitos e de mais pressão política e econômica pelo aprofundamento das reformas neoliberais. O Congresso Nacional que sai das eleições é o mais conservador e autoritário do período republicano. A vitória da candidatura de Jair Bolsonaro poderá tornar incontornável esta espiral de retrocesso e obscurantismo”.
Professores e professoras alertaram sobre os perigos da declaração do candidato que obteve o maior percentual de votação no primeiro turno, de que irá acabar com ativismo no Brasil. As reflexões se deram no sentido de que isto ameaça as mobilizações dos sindicatos e dos movimentos sociais. A liberdade de organização e de manifestação foram caracterizadas como fundamentais para a democracia.
Além da publicação da nota, a assembleia aprovou ainda a construção da mais ampla unidade dos trabalhadores e trabalhadoras em defesa das liberdades democráticas, dos direitos, da universidade pública, gratuita, estatal, socialmente referenciada. O combate ao fascismo foi considerado fundamental neste momento. Assim, a Adusb atuará, buscando a unidade com outros movimentos sociais e sindicais, na construção de frentes antifascistas e articulação de atos públicos em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga com esta pauta. Independente do resultado das eleições foi apontada a necessidade de manter a mobilização.