Movimento docente intensifica articulação com outras categorias do serviço público
Foto: Ascom Aduneb

Durante a ocupação da Assembleia Legislativa na semana passada, diversas categorias do serviço público agendaram reunião para a segunda-feira (17). O objetivo era pensar em táticas de enfrentamento à política de retirada de direitos do governo Rui Costa. A atividade, no entanto, teve de ser cancelada por conta da antecipação da votação do projeto de lei 22.985, que alterou o sistema de gratificações de professores da educação básica. O Fórum das ADs mostrou solidariedade à categoria e continuará em busca da construção da unidade com o funcionalismo público baiano.

Unidade de ação

Mesmo com o cancelamento, o Fórum das ADs se reuniu com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud). O movimento docente deixou claro que “continuará buscando articulação com as demais lideranças e servidores para fazer o enfrentamento e resistência à política de ataques de Rui Costa”, ressaltou Iracema Lima, representante do Fórum das ADs e vice-presidente da Adusb. A expectativa é que uma nova reunião entre o conjunto dos sindicatos do funcionalismo público seja agendada ainda essa semana.

Ataque aos professores da educação básica

A reunião da segunda-feira (17) aconteceria na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) às 9:30 em Salvador. Um pouco antes do horário, o Fórum das ADs foi informado da impossibilidade de realização da atividade, pois a direção da APLB acompanharia a votação do PL 22.985 na Assembleia Legislativa. A previsão de votação era para terça-feira (18), porém uma manobra dos parlamentares da base governista antecipou a ação por conta do agendamento de ato público dos professores da educação básica.

Leia mais sobre a aprovação do PL 22.985.

O movimento docente entende que está é mais uma medida da política de ajuste fiscal do governo Rui Costa, que retira direitos trabalhistas para fazer caixa à custa dos trabalhadores. Na avaliação do Fórum das ADs não é possível fazer análise dessa situação deslocada do conjunto dos servidores públicos. “Mexeu com uma categoria, mexeu com todas. Nós não aceitaremos mais este ataque aos servidores públicos do Estado da Bahia que estão inclusive há quatro anos sem reajuste salarial”, afirmou Iracema Lima.