22 de março: Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência

O Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência está sendo chamado pelas centrais sindicais para a sexta-feira (22). Sindicatos, movimentos populares, estudantis e sociais tomarão as ruas por todo país numa grande mobilização em defesa do direito à aposentadoria.

A Associação dos Docentes da Uesb (Adusb) construirá o ato público convocado pelo Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista na Praça 9 de Novembro às 8h. Em Jequié, docentes da Uesb farão café da manhã na sede da Adusb a partir das 7h30. Professores da Uesb em Itapetinga participarão de ato com concentração na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) às 8h30. As aulas não serão suspensas na Uesb.

“A Adusb, em consonância com o Andes-SN, tem pautado suas ações na luta contra a Reforma da Previdência por entender que se trata de mais um dos ataques aos direitos da classe trabalhadora, que ao longo dos últimos anos tem sido penalizada em favor dos desmandos e exigências do capital. Essa reforma acabará com nossa aposentadoria e com nossos direitos previdenciários”, afirma a presidente da Adusb, Soraya Adorno.

Por que nossa aposentadoria está em risco?

Bolsonaro e seus deputados querem aumentar a idade mínima de aposentadoria das mulheres de 60 para 62 anos. Os homens poderão aposentar a partir dos 65 anos. Serão no mínimo 20 anos de contribuição para ter direito ao benefício. Para receber 100% da aposentadoria serão 40 anos pagando a previdência.

Haverá também aumento na alíquota de contribuição previdenciária por diferentes faixas salariais. Na prática, não existirá mais aposentadoria apenas por tempo de contribuição. Trabalhadoras e trabalhadores rurais terão de trabalhar no campo até os 60 anos com no mínimo 20 anos de contribuição comprovada. Servidores públicos também serão atingidos.

A Reforma da Previdência de Rui Costa 

Em 2015, o governador Rui Costa criou o regime de previdência complementar, PREVBAHIA, antecipando a proposta de capitalização prevista na Reforma da Previdência de Bolsonaro. A medida extinguiu a aposentadoria integral do servidor público baiano e limitou o valor do benefício ao teto do INSS. Quem contribuir com o PREVBAHIA não tem garantia de receber o que pagou, pois se o fundo quebrar, o Estado não se responsabiliza pelas aposentadorias.

Além disso, a contribuição previdenciária foi aumentada de 12% para 14% em dezembro do ano passado. A Bahia passou a ser um dos Estados do Brasil com maior taxa de previdência.