Na semana passada, inconsistências foram percebidas nos contracheques de junho dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia por conta do lançamento de faltas-greve de meses anteriores. Após intervenção do Fórum das ADs, o governo se comprometeu a repor os valores descontados em folha complementar. Contudo, novos problemas foram detectados também na folha complementar. A diretoria da Adusb avalia o sistema RH Bahia como insustentável e tem cobrado do governo a solução dos problemas.
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Segundo o termo de acordo assinado pelo movimento docente para o término da greve, o salário de junho seria pago integralmente conforme calendário dos demais servidores públicos baianos, sendo 40% em 20 de junho e 60% em 28 de junho. A folha complementar no dia 29 realizaria a devolução do valor descontado lançado no contracheque de junho referente às faltas. Ao fazer a conferência da referida folha para alguns docentes, a Assessoria de Gestão de Pessoas da Uesb (AGP) detectou problemas diversos, que ocasionaram descontos também nesta folha.
Soraya Adorno, presidente da Adusb, responsabiliza o governo Rui Costa pela situação tanto do lançamento de faltas, quanto pela implantação do sistema RH Bahia. “É um absurdo passarmos por isso. Ao descontar faltas de meses anteriores, gerando novos descontos nos salários, o governo Rui Costa está descumprindo o termo de acordo. Como se não fosse o bastante, insiste em manter o RH Bahia em funcionamento, um sistema que desde seu começo não dá certo e só causa prejuízo aos servidores”, criticou a presidente.
O Fórum das ADs entrou em contato com a Secretaria de Administração (SAEB) para exigir resolução definitiva para os problemas. O Superintendente da SAEB, Adriano Tambone, afirmou que iria verificar a situação e caso seja necessário, uma nova folha complementar será feita. Solicitou ainda que as associações docentes enviassem um relatório com os erros encontrados.
“O pedido da SAEB é totalmente insensato, pois as ADs não possuem essas informações. Entramos em contato com os recursos humanos da Uesb e eles não têm autonomia para realizar a tarefa, pois o governo não permite que a universidade acesse o módulo de relatórios. Isso mostra que o RH Bahia é mais um ataque à autonomia universitária”, ressaltou Soraya.
A Adusb e o Fórum das ADs permanecem pressionando o governo para que os salários de junho sejam pagos integralmente e os professores não sejam ainda mais prejudicados. A orientação é que toda categoria confira seu contracheque, comunique a Adusb e a AGP sobre os possíveis problemas. Em breve serão publicadas novas informações sobre os pagamentos.