Nota do GTPCEGDS sobre o Dia Internacional do Orgulho LGBT

O Dia Internacional do Orgulho LGBT, dia 28 de junho, é motivado pelos protestos ocorridos em Nova York, no bairro de Greenwich Village, no bar Stonewall Inn. Em 1969, os frequentadores deste estabelecimento reagiram às ações policiais e iniciaram seis noites de protestos. A Rebelião de Stonewall, se torna então um marco para o movimento LGBT nos Estados Unidos e no mundo, e a partir dela, passa a existir uma significativa organização do movimento e a formação de novos grupos militantes no país, como as marchas pelos direitos LGBT.

Neste ano, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, celebrou o aniversário dos 50 anos da Revolta de Stonewall, especialmente, devido ao risco que o atual governo federal coloca sobre os avanços obtidos pelo movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em nosso país.

O Brasil é um dos países do mundo onde mais se mata gays, lésbicas e transgêneros. Diversas ONGs-LGBT registraram um preocupante aumento de violência verbal e física contra a população LGBT.  Até maio deste ano foram registradas 141 mortes de LGBT, que aconteceram por homicídios e suicídios. Contudo, alguns homicídios não são contabilizados oficialmente pelos órgãos públicos, o que faz com que os registros destes sejam subnotificados e na maioria das vezes feitos por iniciativas da sociedade civil. O estado de São Paulo lidera o número de crimes cometidos contra a população LGBT (22), seguido da Bahia (14) e do Pará (11), segundo as informações do relatório do GGB – Grupo Gay da Bahia, em 2019. A homofobia não escolhe faixa etária: a vítima mais jovem tinha 16 anos, e a mais velha, 75; O maior número de ocorrências aconteceu dentro da residência das vítimas. Armas brancas, como facas, são as mais utilizadas nesses homicídios.

No dia 13 de junho, o Supremo Tribunal Federal determinou que discriminação de orientação sexual e identidade de gênero serão consideradas crimes no Brasil, enquadradas na lei contra o racismo (7716/1989). Apesar disso, ainda há que se avançar no sentido da construção de uma sociedade libertadora, que transforme o dia 28 de junho, dia de luta de combate à LGBtfobia, em um dia de viva à diversidade.

Diante disto, o Grupo de Trabalho de Política de Classe, Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual da Adusb é fundamentado no respeito à diversidade; assim como, coloca-se contra todas as formas de violência e defende a dignidade e os direitos da população LGBT. Defendemos uma sociedade mais justa e democrática!