Dia da Visibilidade Lésbica e Bissexual: Celebrando o Amor e Confrontando a Violência

29 de agosto, o Dia da Visibilidade Lésbica e Bissexual, é uma data crucial que marca a luta pelo reconhecimento e valorização do amor em suas diversas formas, e contra a violência e a discriminação enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+.

O amor entre pessoas do mesmo sexo é uma expressão tão genuína e rica quanto qualquer outro tipo de amor. Lésbicas e bissexuais, como todas as pessoas, experimentam uma variedade de sentimentos profundos e conexões emocionais, que merecem ser celebrados e respeitados. Este dia é uma oportunidade para reconhecer a importância dessas relações, que são muitas vezes invisibilizadas, mal compreendidas. A violência física, chegando ao extremo do assassinato, infelizmente é uma consequência frequente do preconceito e do ódio contra a comunidade LGBTQIAP+.

Apesar dos avanços na luta pelos direitos LGBTQIAP+, lésbicas e bissexuais continuam enfrentando uma série de desafios e violência. Estudos mostram que essas mulheres são frequentemente vítimas de discriminação e violência de gênero. A homofobia e a bifobia podem se manifestar de maneiras sutis, como microagressões, ou de formas mais violentas, como agressões físicas, psicológicas ou até mesmo o assassinato.

Segundo informações do Dossiê de LGBTIfobia Letal, “em 2023 foram 230 mortes associadas à LGBTIfobia. Dessas mortes, 184 foram assassinatos, 18 suicídios e 28 outras causas. Apesar desse número já representar uma grande perda de pessoas, principalmente por sua identidade de gênero e/ou orientação sexual, temos indícios para presumir que esses dados ainda são subnotificados no Brasil.”

A violência contra lésbicas e bissexuais não se limita ao ambiente doméstico; muitas vezes, elas enfrentam hostilidade em espaços públicos e até mesmo em seus locais de trabalho. Esse cenário reflete um problema estrutural da sociedade capitalista, que precisa ser abordado numa perspectiva classista. Passa pela luta por políticas públicas eficazes, apoio comunitário e educação, mas também pela construção de um novo modelo de sociedade, que não se sustente na exploração e no preconceito.

Celebrar o amor entre pessoas do mesmo sexo significa também desafiar estereótipos e promover uma maior compreensão e aceitação. É essencial que a sociedade veja e entenda a diversidade afetiva como uma parte natural e enriquecedora da experiência humana.

Mais informações em https://is.gd/lgbtfobia