29/10: Docentes da Uesb param contra a Reforma Administrativa (PEC 38/2025) e somam forças à Marcha Nacional pelo Serviço Público

A Uesb amanheceu nesta quarta-feira, 29 de outubro, em estado de mobilização. As/os docentes dos três campi (Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga) paralisaram as atividades acadêmicas em um ato de repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/2025, a nova e perigosa Reforma Administrativa. A mobilização local integra uma frente de luta nacional em defesa dos serviços públicos.

A PEC 38/2025 representa um risco iminente de desmonte do serviço público, atacando a estabilidade do/as servidore/as e abrindo caminho para a precarização das carreira e comprometendo a qualidade dos serviços essenciais à população.

A PEC 38/2025 ameaça diretamente a autonomia da Uesb, a liberdade de cátedra e a estabilidade que garante a pesquisa independente e a excelência do ensino. É inaceitável que, sob o discurso de modernização, o governo tente minar os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores e a capacidade do Estado de servir à população.

Enquanto os campi da Uesb paralisaram suas atividades, docentes da Adusb somaram forças na capital federal, participando hoje da Marcha Nacional do Serviço Público, convocada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), em conformidade ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

A marcha tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional para barrar a PEC 38/2025. A experiência de 2020, quando a intensa mobilização barrou a antiga PEC 32, prova que a união do funcionalismo e o apoio da sociedade são decisivos no contexto de barrar esta contra reforma.

A luta é pela manutenção dos direitos e, acima de tudo, pela defesa de um serviço público forte e de qualidade, capaz de atender às necessidades da população. "Estamos em luta pelo serviço público. A força da nossa mobilização na Uesb e nas ruas de Brasília é o que vai garantir a vitória. Convocamos toda a comunidade acadêmica e a sociedade a apoiarem essa paralisação e essa marcha, pois a defesa da educação pública e de um Estado que cuide de seu povo passa, necessariamente, pelo bloqueio dessa reforma," chama Iracema Lima, presidenta da Adusb.