Pesquisa aponta racismo em diferença salarial entre trabalhadores brasileiros

Segundo aponta cálculo do Instituto Locomotiva, a diferença salarial, quando comparados os salários de brancos e negros com ensino superior é de 31%. Outra pesquisa realizada em mais de 40 cidades pelo mesmo instituto, revela que de cada dez brasileiros entrevistados, cinco – 55% – disseram que pessoas brancas têm mais oportunidades de estudo, e 65% acreditam que são os brancos quem mais têm chances no mercado de trabalho.

Enquanto o salário médio de homens brancos é de R$ 3579, o de negros é de R$ 1970. Para as mulheres negras, a situação é ainda mais difícil, sendo que quase 20% das empregadas trabalham com serviços domésticos ou ocupam os cargos mais precários no mercado, enquanto a taxa cai para cerca de 10% entre mulheres brancas.

Seguindo padrões de medidas adotadas pelo Banco Mundial, entre os brasileiros de ganhos mais baixos, o percentual de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é mais que o dobro dos brancos. Com a atual crise econômica se aprofundando, a perspectiva é a de que o cenário tome rumo para a extrema pobreza, e assim a diferença ganha ainda mais amplitude.

Desemprego e informalidade – Conforme cálculo realizado a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2019, o número de trabalhadores negros na informalidade é maioria no país, alcançando 52%.

Vale lembrar que no final de 2019, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que,” apesar de representarem mais da metade da força de trabalho (55%), pretos e pardos são praticamente dois terços (66%) dos desocupados e dos subutilizados”.

A taxa de desocupação também é maior entre os negros, com 14,1% enquanto entre os brancos o número fica em 9,5%.

Via CSP-Conlutas