200 mil: quantos mais precisarão morrer para Bolsonaro entender a gravidade da covid-19? Isso é crime!

Quantos mais precisarão morrer para que este governo tome uma atitude diante da pandemia? Queremos viver! O negacionismo genocida de Bolsonaro e sua gang já levou a mais de 200 mil mortes no Brasil desde março de 2020, quando foi computado oficialmente o primeiro óbito por covid-19. Isso sem contar os casos subnotificados.

É lamentável! O próprio Ministério da Saúde confirmou 1.524 novos óbitos nas últimas 24 horas, considerado o segundo maior número, atrás apenas das 1.595 mortes em 29 de julho. Na noite desta quinta-feira (7) foram anunciados 200.498 pessoas mortas de covid-19.

O alerta está vermelho. Os números são crescentes. Estamos no terceiro dia consecutivo em que há mais de mil mortes em decorrência da contaminação de coronavírus em um intervalo de 24 horas. No dia 5 já haviam sido computadas 1.186 e no dia 6 foram 1.266.

O número de pessoas contagiadas neste período também é assustador: 87.843 diagnósticos positivos. A marca anterior era de 70.574, verificada em 16 de dezembro. Com a disseminação da doença de forma avassaladora, em breve atingiremos 8 milhões de infectados, uma vez que já atingimos 7.961.673 no total de infectados desde o começo da pandemia.

Total descaso. A falta de testagem em massa desde o início e de distanciamento social, assim como a orientação ao uso de máscara – o presidente fazia questão de não usar. A minimização da gravidade de uma doença que amedrontava o mundo colocou o Brasil em segundo lugar em número de mortos, atrás apenas para os EUA, que contabiliza 362.027, onde o então presidente Donald Trump também assumiu uma postura lastimável de negação da gravidade da covid-19.

Enquanto o Brasil se contaminava, Bolsonaro proferia as frases mais estapafúrdias. Começou dizendo que era apenas uma “gripezinha”; “Todos nós iremos morrer um dia”; “O coronavírus, no meu entender, está sendo super dimensionado”;  “Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas”;  “Tudo agora é pandemia, tem que acabar esse negócio, pô”; “Da China nós não compraremos. É decisão minha”; “Vacina obrigatória só aqui no Faísca (o cachorro do presidente)”. E tantas outras sandices.

Em total de casos, nosso país fica atrás apenas dos EUA e Índia (com 21.354.027 e 10.395.278, respectivamente). Uma situação que se agrava a cada dia diante das péssimas condições de vida imputada aos mais pobres e à classe trabalhadora que se vê obrigada a trabalhar mesmo não estando em serviços essenciais, pegando transportes públicos lotados.

Segundo a profissional da área da saúde Rosália Fernandes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, o país está de luto. “São mais 200 mil vidas perdidas e famílias destruídas, mas enquanto isso o genocida Bolsonaro reforça seu negacionismo criminoso sem apresentar de fato o início da vacinação no Brasil e incentivando aglomeração e o não uso de máscaras”, repudia.

Mais de 51 países já iniciaram a vacinação. O Brasil ainda está patinando em sua política criminosa. Sem esquecermos do caos absoluto no Ministério da Saúde com consequência de tal política. E hoje não há vacina aprovada para uso emergencial.

Ao povo pobre e os trabalhadores e trabalhadoras do país a saída para salvar suas vidas é exigir vacina para todos, pública, gratuita e pelo SUS; auxílio-emergencial digno até acabar a pandemia e empregos e salários, assim como colocar para fora urgentemente o governo Bolsonaro/Mourão e toda a sua tropa.

Via cspconlutas.org.br