Bolsonaro sabota medidas de combate à Covid-19 e Saúde não tem plano de vacinação “será no dia D na hora H”

O presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia de Covid-19 minimiza a crise sanitária do país com uma postura de frear medidas de combate ao vírus, é o que aponta relatório feito pela organização internacional de defesa dos Direitos Humanos HRW (Humans Rights Watch).

De acordo com a instituição, que divulga relatório anual sobre os direitos humanos no mundo, essa postura negacionista tem gerado perdas à saúde e à vida dos brasileiros.

Isso porque, de acordo com o relatório da HRW, o presidente minimizou a doença ao chamá-la de ‘gripezinha’, além de não fomentar políticas de combate ao vírus, como o isolamento social e quarentena para todos. Tal postura tem levado a piora no número de contágio e de mortes no país. Atualmente, o Brasil tem mais de 8 milhões de contaminados e 204 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

Em entrevista ao Jornal o Globo, a diretora adjunta da HRW no Brasil, Anna Livia Arida avaliou que o presidente “expôs a vida e a saúde dos brasileiros a grandes riscos ao tentar sabotar medidas de proteção contra a propagação da Covid-19”.

De acordo com o estudo, o governo também falhou em outras políticas básicas de proteção aos brasileiros, como o direito ao emprego e a renda, garantia de direitos democráticos e a defesa do meio ambiente, além de propagar ataques machistas, misóginos, lgbtfóbicos e racistas.

“O governo Bolsonaro promoveu políticas que contrariam os direitos das mulheres e os direitos das pessoas com deficiência, atacou a mídia independente e organizações da sociedade civil, e enfraqueceu os mecanismos de fiscalização da legislação ambiental, na prática dando carta branca às redes criminosas envolvidas no desmatamento ilegal na Amazônia e que ameaçam e atacam os defensores da floresta”, aponta o relatório.

Piada na internet: ministro da Saúde informa que vacinação será feita “no dia D, na hora H”

Seguindo a política genocida do governo Bolsonaro, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello não atua para um calendário de vacinação efetivo e assim como o presidente propaga o descaso com a grave crise sanitária.

O responsável pela pasta chegou a virar piada da internet ao dizer que a vacinação começará no Brasil “no dia D, na hora H”, sem calendário sério e de fato comprometido com o povo brasileiro. O governo sequer ainda tem uma vacina aprovada pela Anvisa (Agência Reguladora),  e o andamento de pesquisas de vacinas promissoras ainda está em análise.

Frente às criticas pelo atraso da imunização dos brasileiros a resposta de Pazuello foi genérica e evasiva. “Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, destacou.

Enquanto isso, em outras partes do mundo já foram aplicadas 24,1 milhões de doses do imunizante, sendo 9 milhões na China e 6,7 milhões nos Estados Unidos, de acordo com levantamento da organização Our World In Data.

Para o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela é preciso jogar pesado contra essa política criminosa do presidente assim como do ministro da Saúde e exigir quarentena geral à classe trabalhadora e renda, assim como vacinação imediata, gratuita e para todos. “Esse é um governo genocida, que não tem nenhuma preocupação com o povo e os trabalhadores, por isso nega a ciência e a celeridade na aplicação de uma vacina que possa evitar a perda de milhares de vidas humanas; é preciso dar um basta nisso”, informa o dirigente.

Barela destaca que é urgente um plano de vacinação para toda a população brasileira e quarentena imediata para evitar a propagação do vírus enquanto a população é imunizada.

O integrante da SEN reforça ainda que é preciso garantir renda para os trabalhadores e pequenos comerciantes. “Dinheiro tem! É só suspender o pagamento da dívida pública e expropriar 40% da riqueza dos bilionários que faturaram bilhões em lucros durante a pandemia. Que esses ricos e poderosos paguem pela conta da crise econômica e sanitária. É hora de dar um basta nesse governo assassino. Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes, já”, finaliza.

Com informações do Correio Braziliense e O Globo

Via cspconlutas.org.br