13 de julho é Dia Nacional de Luta contra a privatização dos Correios

Nesta terça-feira (13), ocorrem em diversas partes do país mobilizações contra a privatização dos Correios, que pode ser votada pelo Congresso Nacional nos próximos dias. O dia de luta faz parte da agenda de mobilização nacional pelo Fora Bolsonaro. A Adusb participou do ato público realizado em Vitória da Conquista para ressaltar a importância das empresas públicas brasileiras.

A atividade foi realizada em frente a agência dos Correios na Praça Joaquim Correia. Faixas e cartazes foram levados pelos manifestantes com protestos contra a venda da estatal. Para o diretor sindical da Adusb, Ferdinand Martins, “a tentativa de privatização dos Correios pelo governo Bolsonaro é um verdadeiro crime lesa-pátria”. O dirigente entende que o objetivo dessa ação por parte do governo é “de fato entregar o patrimônio público, coisa que ele vem tentando fazer com os outros patrimônios do nosso país, a exemplo da Eletrobras, e também dos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica. Por isso, nós temos que resistir bravamente”.

O governo Bolsonaro tem pressionado a Câmara dos Deputados a acelerar a votação do projeto de lei 591 para venda de 100% dos Correios. A previsão é que isso aconteça até 15 de julho. A Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, vinculada ao Ministério da Economia, pretende publicar o edital de leilão até dezembro, no qual a empresa vencedora se tornará a única responsável pelos serviços postais. A vice-presidente da Adusb, Suzane Tosta, avalia que “Paulo Guedes quer lucrar em cima da destruição das empresas públicas fundamentais para o povo brasileiro”. 

O presidente da Adusb, Alexandre Galvão, também participou da atividade

Os Correios empregam cerca de 100 mil trabalhadores, em mais de 10 mil agências espalhadas de norte a sul do Brasil. Em algumas cidades, são responsáveis até mesmo pela entrega de medicamentos e vacinas, papel importante especialmente durante a pandemia. O lucro apresentado no ano passado supera R$ 1,5 bilhão, o maior dos últimos 10 anos, o que descarta o argumento da existência de uma crise econômica na empresa pública. A privatização, além de encarecer os serviços postais, também afetará os empregos de seus trabalhadores com a previsão de demissão de quase 60 mil funcionários.