Docentes da Unifap sofrem com ataques de gestão interventora

A categoria docente da Universidade Federal do Amapá (Unifap) vem sofrendo diversos ataques da gestão interventora do reitor Júlio Sá. Um dos mais recentes foi a nomeação da professora Letícia Carvalho como diretora pró-tempore do Departamento de Educação, em 13 de dezembro. 

De acordo com o Sindicato de Docentes da Unifap (Sindufap Seção Sindical do ANDES-SN), em nenhum momento, aceitou conversar com o departamento e com o conselho departamental. “Estamos vivenciando dentro da Unifap um profundo desrespeito das instâncias democráticas por parte da reitoria”, afirmou Tadeu Lopes Machado, presidente Sindufap SSind., em vídeo divulgado nas redes da entidade. 

“Nós não vamos aceitar. Por isso, o Sindicato de Docentes da Unifap (Sindufap SSind) conclama toda a comunidade acadêmica para repudiar veementemente esse ato antidemocrático da reitoria da Unifap”, conclamou.

Ainda de conforme o Sindufap SSind., o desrespeito às instâncias colegiadas e a ausência de diálogo com as categorias que compõem a comunidade universitária têm sido a tônica da gestão do reitor Júlio Sá. “São flagrantes os retrocessos vividos no âmbito da autonomia universitária, que desqualificam o serviço público e ameaçam direitos duramente conquistados”, ressalta a entidade em nota.

Após ser nomeada, Letícia contratou um chaveiro particular e trocou a fechadura da porta de acesso central do bloco onde estão localizadas várias salas dos cursos vinculados ao departamento de Educação. Isso impediu o funcionamento normal dos cursos e o trabalho de servidores do setor.

O Sindufap SSind denuncia ainda outros ataques à autonomia universitária, como a ausência de eleições para a direção dos campi de Santana e Mazagão. Mais recentemente, em 8 de janeiro, a administração superior removeu as faixas afixadas pela seção sindical no campus Marco Zero, questionando os atos antidemocráticos. 

Em nota, o ANDES-SN repudiou veemente a prática autoritária do reitor interventor Júlio Sá, que desrespeitou o processo eleitoral realizado e a autonomia do colegiado do referido departamento. “O ANDES-SN em sua trajetória sempre se posicionou contra práticas intervencionistas que firam as instâncias democráticas das Universidades, IFs e CEFETs. Em defesa da autonomia universitária e do estado democrático de direito, não a intervenção!”, afirmou a diretoria do Sindicato Nacional. Leia aqui.