
Durante a cerimônia que sancionou a lei do reajuste salarial de professoras e professores das Universidades Estaduais Baianas, que aconteceu nesta quinta-feira, 23/01, no Centro de Operações e Inteligência (COI), localizado no Centro Administrativo da Bahia em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou: “acompanho as páginas de alguns movimentos, fico curiando, porque eu preciso saber o que estão fazendo e falando”.
Nos dias de hoje, as redes sociais desempenham um papel importante na mobilização de movimentos sociais e na disseminação de ideias. Mas há quem prefira se manter na posição de observador, monitorando o que acontece à distância. A motivação para essa "curiação" pode ser multifacetada. Uma delas é procurar pontos fracos e entender onde pode maquiar uma realidade.
Durante o evento, representantes do governo apresentaram muitos números orçamentários, mas a realidade vivenciada no dia a dia das universidades é de contingenciamentos mensais e dificuldades severas na execução do orçamento aprovado na lei orçamentária anual.
Os investimentos apontam para uma disposição que há muito tempo não se via, mas ainda falta bastante para resolver os danos causados pela gestão Rui Costa, marcada por extrema retirada de direitos, cortes e contingenciamento de recursos. A falta de investimentos intensificou a precarização das condições de trabalho nas universidades estaduais da Bahia. A redução nos repasses financeiros para as universidades estaduais, comprometeram profundamente tanto as atividades fins quanto de infraestrutura das universidades.
As novas ações são reconhecidas pela categoria docente, porém ainda existem cerca de 200 professoras e professores na fila para promoção, docentes permanecem trabalhando, desenvolvendo pesquisas em situações insalubres e ainda assim permanecem sem receber o adicional de insalubridade, pedidos de mudança de regime de trabalho voltam a não ser publicados.
A presidenta da Adusb, Iracema Lima, alerta: “não é necessário perder noites “curiando” nossos sites e redes sociais, para saber o que pensamos e como estamos nos organizando. Quer saber o que defendemos? Basta nos chamar para conversar e negociar. Direito é para ser cumprido e o movimento docente permanecerá na luta em defesa da categoria e em defesa da manutenção e expansão das universidades estaduais baianas!”