Abaixo, a nota da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas sobre as declarações ameaçadoras de Eduardo Bolsonaro:
Ditadura nunca mais: CSP-Conlutas repudia declaração de Eduardo Bolsonaro em defesa do AI-5
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista realizada em 30/10 que caso haja uma radicalização da esquerda tentando transformar o Brasil em um novo Chile, a resposta do governo pode ser via “um novo AI-5 “.
A Central Sindical e Popular CSP-Conlutas entende tal declaração como uma clara afronta ao povo brasileiro que fere profundamente a Constituição de 1988.
O AI-5 (Ato Institucional nº 5), foi um dos períodos mais sombrios de nossa história. Além de atacar profundamente as liberdades democráticas, a ditadura, com apoio dos grandes monopólios empresariais, criou um Estado de exceção que assassinou, prendeu, torturou e perseguiu milhares de pessoas comuns e ativistas, militantes políticos e sindicais, deixando um legado de 432 desaparecidos.
O governo de ultra direita de Bolsonaro, além dos direitos sociais e trabalhistas que vem arrancando da classe trabalhadora, tem atacado as liberdades democráticas – incluindo a anistia e a memória da luta da classe trabalhadora ao tentar instituir a comemoração do golpe de 1964 – e o direito de organização dos trabalhadores da cidade e do campo. Tem também estimulado o machismo, o racismo e a homofobia no ataque direto as mulheres, aos negros e aos LGBTs.
A CSP-Conlutas, em reunião da SEN (Secretaria Executiva Nacional), realizada nesta quinta-feira (31/10), repudia firmemente todos esses ataques e, em particular, a declaração do filho do presidente Bolsonaro. Diante disso, a Central conclama ampla unidade de ação que repudie tão ultrajante declaração. Não vamos nos calar nem nos intimidar!
– Em defesa das liberdades democráticas!
– Punição aos torturadores e às empresas que financiaram a ditadura!
– Ditadura Nunca Mais! Para que não se esqueça para que nunca mais aconteça!
– Investigação e apuração do assassinato de Marielli e Anderson. Exigimos saber quem são os mandantes!
As centrais sindicais também divulgaram uma nota conjunta assinada