As Centrais Sindicais e frentes democráticas aprovaram a realização de um grande Dia de Lutas, Protestos e Paralisações em 18 de março com o intuito de ampliar e fortalecer o já agendado Dia Nacional de Greves da Educação e do Serviço Público.
A reunião que aconteceu nesta quinta-feira (27), na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos), em São Paulo, buscou organizar e fortalecer o calendário de manifestações já aprovado em reunião anterior.
A proposta é que haja protestos, atos e paralisações onde for possível. Assim, as Centrais Sindicais estão orientando que se reproduza nos estados a preparação da mobilização do dia 18 de março com a mais ampla unidade de ação para que se organize um forte dia de luta.
Além dos sucessivos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo aos direitos trabalhistas e sociais e ao emprego, o momento foi encarado como importante, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro, descaradamente, convoca atos em defesa do fechamento do Congresso Nacional, defendendo na prática a volta ditadura militar.
“Há que barrar os projetos de Bolsonaro, mas só podemos fazê-lo nas lutas e nas ruas”, afirmou Luis Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, ao defender a mudança do caráter do dia 18, que seria apenas uma data de apoio aos servidores público e à educação.
A CSP-Conlutas defendeu a transformação do dia 18 como grande dia de luta que permita impulsionar a preparação de uma Greve Geral.
O dia 18 terá como mote a defesa dos serviços públicos, do emprego, direitos e democracia. Também será retomada nas bandeiras de luta a denúncia da MP905 (medida provisória) que instituiu a carteira de trabalho verde e amarela, retirando ainda mais direitos da classe trabalhadora e desregulamento ainda mais o trabalho.
As entidades presentes às reuniões se somarão à preparação do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, nos diversos estados brasileiros como parte do calendário geral de mobilizações. A defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras e o direito à vida, contra o feminicídio e a violência contra a mulher, estão entre as bandeiras de luta desta data.
As Centrais Sindicais também estarão nas ruas onde forem realizadas atividades em 14 de março, data em que foram assassinados a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes há dois anos, sem qualquer punição aos responsáveis pelo crime.
Calendário da Jornada de Lutas de Março
3 de março: Indicação de greve nacional dos trabalhadores dos Correios
3 de março: atividade em Brasília em defesa da democracia
8 de Março: Dia Internacional de Lutas das Mulheres
14 de março: Dia de luta por Marielle Franco
18 de março: Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações
Via CSP-Conlutas