Outdoors foram colocados em Brasília pela Adusb, Adufs e Adusc contra a Reforma da Previdência da Bahia. A ação denuncia a posição contraditória do partido do governo Rui Costa (PT), que se diz contra a Reforma da Previdência federal e oposição ao governo Bolsonaro, mas impõe, desde o início de seu mandato, o mesmo projeto de retirada de direitos aos servidores baianos.
Rui Costa encaminhou a Reforma da Previdência em dezembro para a Assembleia Legislativa, numa tática usada desde o princípio do seu governo, para tentar aprovar projetos que retiram direitos dos trabalhadores. O Fórum das ADs, espaço de articulação política entre as associações docentes do ensino superior baiano, realizou ações de mobilização e denúncia para combater a Reforma. As ações foram articuladas com o Fórum de Servidores Públicos da Bahia.
Servidores públicos baianos construíram a resistência e ocuparam o plenário durante a votação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC 159/2019), no dia 31 de janeiro. O batalhão de choque da Polícia Militar foi convocado e a Reforma da Previdência foi aprovada com truculência, em uma votação às escondidas, com massiva votação de parlamentares da base governista.
Diante disso, foi proposta a estratégia de fazer a denúncia do ocorrido, em Brasília. A tática foi utilizada em outros momentos pelo movimento docente para repercutir ataques do governo estadual no Congresso Nacional. O objetivo era denunciar as semelhanças da política do governador petista com a do governo Bolsonaro.
Não foi possível construir o consenso no Fórum das ADs sobre a ação. No entanto, “houve o entendimento entre três ADs que a denúncia deveria ser feita, independente da bandeira partidária do governo, pois a obrigação do sindicato é fazer a luta e a campanha de outdoor é uma das formas de fazer isso”, ressaltou Sérgio Barroso, diretor de comunicação da Adusb.
Durante a assembleia da Adusb, ocorrida no dia 5 de março, a categoria ressaltou a importância do Fórum das ADs para a construção da unidade na luta no movimento docente baiano. Avaliou ainda que os outdoors em Brasília foram uma decisão acertada. Mesmo entendendo o papel do Fórum das ADs, a assembleia defendeu que a diretoria não deve deixar de realizar atividades como essa quando não houver consenso.