O Dia Nacional de Protestos e Paralisações convocado para o dia 18 de março, próxima quarta-feira, acontecerá em meio ao agravamento da crise econômica e uma nova ofensiva do governo de Bolsonaro e Mourão que busca avançar em suas medidas ultraliberais.
A data foi convocada pelas Centrais Sindicais com o intuito de ampliar e fortalecer o já agendado Dia de Greve Nacional da Educação e do Serviço Público, convocado pelo funcionalismo e trabalhadores da Educação contra o governo de Bolsonaro e seus ataques, como a reforma Administrativa e o sucateamento da educação.
Nas bandeiras unitárias deste dia de luta estão a defesa dos Empregos, dos Serviços Públicos, da Educação, Direitos e Liberdades Democráticas.
Esta pauta agora se torna ainda mais importante diante da pandemia do Coronavírus e da crise na economia mundial, pois é preciso cobrar do governo medidas efetivas em defesa da saúde e empregos no país, bem como repudiar a tentativa de mais ataques anunciados pelo ministro Paulo Guedes.
Em diversos estados já foram realizadas plenárias de organização e ações prometem marcar a data. Duas categorias principais, servidores públicos e o setor da Educação, preparam paralisações por todo o país.
Na Bahia, por exemplo, os trabalhadores do judiciário aprovaram paralisação no dia 18. Em Florianópolis (SC), várias categorias estaduais irão paralisar e algumas iniciarão greve contra a reforma da Previdência estadual.
Nas agências do INSS, que vive um colapso diante do congelamento de concursos públicos e cortes feitos pelo governo, o chamado é para a paralisação neste dia 18.
A Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp também aprovou a adesão à paralisação nacional.
Em vários estados, professores já estão paralisados, como em Belo Horizonte (MG), Recife (PE), em lutas que fortalecem a defesa da educação, uma das bandeiras deste 18M.
Nas diversas categorias privadas estão sendo convocadas assembleias, panfletagens, paralisações de uma ou duas horas e atos em frente aos locais de trabalho.
Paralisações estão mantidas e centrais avaliarão realização de atos públicos
Na segunda-feira (16), as centrais sindicais se reunirão para avaliar a situação nacional em razão da epidemia de Coronavírus e a realização dos atos públicos que também estavam sendo marcados.
“A realização das manifestações de rua vão depender do cenário nacional, da realidade de cada região. Mas, não é o fundamental. A realização de um dia de paralisações já está sendo organizado pela base de várias categorias e isso é o importante. Façamos um dia nacional de greves e paralisações rumo a construção de uma Greve Geral, única forma de barrar os ataques de Bolsonaro, dos governos estaduais e municipais e garantir nossas reivindicações”, orienta o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
“Estamos reforçando a convocação do 18M enquanto Dia Nacional de Lutas e Paralisações porque, equivocadamente, algumas centrais e setores do movimento estão atuando no sentido da desmobilização. Insistimos que é hora de fortalecer as paralisações no dia 18. Quanto aos atos, está evidente que a realidade colocada pela pandemia apresenta situações que podem levar a impedimentos, que devem ser acompanhadas, levadas em consideração e analisadas caso a caso”, diz a nota.
Via CSP-Conlutas