Com um ato simbólico, foi protocolado na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (21), um pedido coletivo pelo impeachment de Bolsonaro. A iniciativa reúne mais de 400 organizações e personalidades, entre juristas, entidades da sociedade civil e partidos de oposição.
Já são mais de 30 pedidos pela saída de Bolsonaro protocolados na Câmara, mas este é a primeira ação coletiva, que reúne os partidos PT, PSOL, PSTU, PCdoB, PCB, PCO e UP, bem como diversos movimentos sociais e entidades do país.
Nesta quinta, o protocolo foi feito pelos partidos, que realizaram um ato em frente ao Congresso. Mesmo mantendo as orientações sanitárias de prevenção ao novo coronavírus, com o uso de máscaras e distanciamento seguro, manifestantes levaram faixas pelo Fora Bolsonaro.
Na próxima semana, os movimentos sociais também farão uma manifestação simbólica para protocolar outro pedido. A CSP-Conlutas assina a medida, juntamente com outras centrais sindicais, o Andes –Sindicato Nacional, a Fenasps, Fasubra, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o Movimento Negro Unificado, os Policiais Antifascismo, Católicas pelo Direito de Decidir, Associação Brasileira de Travestis e Transexuais, MTST, entre outros.
O pedido de impeachment lista os diversos crimes que vêm sendo cometidos por Bolsonaro, tais como a participação e convocação de atos antidemocráticos, que defenderam o fechamento do Congresso e do STF e a volta da ditadura; sua política genocida que atenta contra a saúde pública em meio à pandemia do coronavírus; a interferência na Polícia Federal com a exoneração do delegado Marcelo Valeixo e o apoio ao acampamento miliciano “300 do Brasil”.
Para a CSP-Conlutas, deter e por fim ao governo de Bolsonaro é crucial, pois do contrário a política genocida deste governo de ultradireita cada vez mais irá custar milhares de vidas, um desemprego dramático, o aumento da miséria, a destruição dos direitos trabalhistas, do meio ambiente, das liberdades democráticas e da soberania nacional.
“É fundamental a mais ampla unidade em torno a todas as iniciativas, como este pedido pelo impeachment, e acreditamos que isso fortalece a mobilização para por para fora este governo. Esta é a tarefa imediata, pois do contrário, este governo de ultradireita irá destruir o país”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
“Somente a pressão e a luta da classe trabalhadora e dos mais diversos setores democráticos da sociedade é que pode por fim aos ataques deste governo e garantir o combate à pandemia, com quarentena geral e defesa dos empregos e renda”, disse.
“A CSP-Conlutas defende que é preciso por para fora Bolsonaro, mas também Mourão, porque não dá para aceitar que se reforce ainda mais o viés militar e autoritário na condução do país. Essa luta é para já, pois não dá para esperar até 2022”, concluiu.
Via cspconlutas.org.br