O Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) é novamente atacado pela Prefeitura. Os contracheques de agosto das dirigentes sindicais, Aliny Ribeiro e Nívia Mendes, foram zerados. A Adusb presta solidariedade ao SIMMP e repudia as práticas antissindicais que marcam a gestão do prefeito Herzem Gusmão.
Leia na íntegra a nota da diretoria da Adusb sobre o assunto.
A presidente da Adusb, Soraya Adorno, avalia que ao cortar o salário de duas diretoras do SIMMP o prefeito Herzem Gusmão “demonstra mais uma vez o caráter autoritário e antidemocrático de sua gestão. São duas trabalhadoras, mães, uma delas inclusive gestante, que foram eleitas democraticamente para compor a diretoria do seu sindicato, para exercer seu direito legítimo de se organizar sindicalmente para lutar em defesa dos seus direitos. Mas, numa medida machista, desumana, o governo Herzem persegue essas duas trabalhadoras, na tentativa de lhes cercear o direito de organização e o da liberdade de sindicalização. Não podemos nos silenciar diante de mais esse ataque. A diretoria da Adusb manifesta seu apoio e solidariedade as companheiras, profissionais de educação e lutadoras, Aliny e Nívia”.
Em 6 de agosto, o Setor de Gestão de Pessoas encaminhou ofício ao sindicato com a solicitação de apresentação das referidas diretoras à Secretaria Municipal de Educação. A Prefeitura já tinha se manifestado anteriormente pelo encerramento do mandato sindical e retorno às atividades em suas unidades escolares, por não reconhecer monitoras da educação como parte do SIMMP.
O argumento é contestado pelo sindicato, pois a lei nº 11.738/2008 define como profissionais do magistério público “aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional”.
Ainda não se sabe até quando os salários ficarão cortados, por isso estão sendo arrecadados recursos para as trabalhadoras. “O SIMMP, entidade sindical com mais de 30 anos, vem cumprindo seu papel de denunciar os desmandos do governo municipal, os ataques à educação e isso tem resultado na perseguição à instituição sindical. Por considerar que é um ataque ilegal, pedimos a sua solidariedade para que Aliny e Nívia continuem o mandato e resistam até o fim”, solicita o sindicato.
A Adusb se solidariza com as trabalhadoras que tiveram salários cortados, realidade que o movimento docente enfrentou diversas vezes ao longo da história por também lutar por uma educação pública de qualidade. “Conhecemos bem essa perseguição aos lutadores e lutadoras da educação. Doamos R$ 1.500 para a campanha e pedimos aos colegas que façam contribuições também. São tempos sombrios e nós trabalhadores precisamos estar unidos para enfrentar os ataques”, ressalta a presidente da Adusb.
Adusb com informações do SIMMP.