O Sindipetro-AM (Sindicato dos Petroleiros) entrou com ação popular, nesta segunda-feira (18), contra a venda da Reman (Refinaria Isaac Sabbá) pela Petrobras.
Vendida ao Grupo Atem por R$ US$ 189,5 milhões (R$ 994,1 milhões à época), o valor é considerado bem abaixo do mercado e por isso o caso foi parar na Justiça Federal.
Segundo a entidade, uma pesquisa feita pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) indicou que o acordo da venda assinado em 25 de agosto corresponde a 70% do valor justo da empresa.
Na ação, o Sindipetro-AM requereu “pedido liminar urgente” para que seja paralisada a negociação a fim de evitar prejuízo aos cofres públicos e também por representar um grave risco ao mercado consumidor do Amazonas, acarretando formação de monopólio privado.
De acordo com Bruno Terribas, dirigente do Sindipetro AM/PA/MA/AP/, essa ação na Reman é importantíssima porque a venda se insere num contexto mais amplo de entrega do patrimônio público buscado como opção pela Petrobras nas regiões Norte e Nordeste e Sul.
“Assim como esse caso é escandaloso, houve um processo de venda na base de Urucum que é base do Sindicato em que atuamos e em que está sendo vendida a Eneva para o BTG Pactual, banco ligado ao ministro da Economia, Paulo Guedes”, salienta.
Também no Amazonas, a Petrobras se desfez de sua participação de 93,7% na Breitener, proprietária das termelétricas Tambaqui e Jaraqui, localizadas em Manaus. A subisdiária foi vendida para norte americana Ceiba Energy LP por R$ 304 milhões, valor considerado extremamente baixo.
“É um processo de privatizaria corrupta que entrega para capital nacional corrupto e também para o estrangeiro o patrimônio público que foi construído com suor do povo brasileiro”, denuncia Bruno indignado.
(Fonte: D24am. e A Crítica)
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