As ruas do centro da capital baiana foram ocupadas por manifestantes na manhã de hoje, 11 de agosto, Dia do Estudante. Estudantes e trabalhadores marcharam da Praça do Campo Grande até a Praça Castro Alves com faixas e cartazes em defesa das liberdades democráticas. O protesto faz parte do dia nacional de lutas convocado pela Frente Nacional Fora Bolsonaro. Manifestações serão realizadas em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal.
“O povo brasileiro está passando fome, o desemprego aumenta e a violência também. O povo quer comida e emprego, mas o governo federal está preocupado em questionar as eleições e impor um projeto de ditadura no país. Por isso, hoje estamos nas ruas de todo o Brasil contra as ameaças golpistas de Bolsonaro e em defesa das liberdades democráticas. Ditadura nunca mais”, diz Jailson Lage, representante da Central Sindical e Popular (CSP)-Conlutas, uma das entidades que convocou o protesto.
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe-BA) também estava presente. Os coordenadores da entidade sindical distribuíram cartazes e adesivos reivindicando segurança aos trabalhadores da justiça eleitoral, durante as eleições.
“Estamos vendo o crescimento da violência política no país, inclusive com incentivo do próprio presidente da República, que todos os dias questiona o processo eleitoral e as urnas eletrônicas. Nesse sentido, o Sindjufe-BA tem cobrado das autoridades judiciais medidas de segurança durante o processo eleitoral. É responsabilidade dessas autoridades o cuidado pela vidas dos trabalhadores da Justiça Eleitoral, dos voluntários e dos convocados, que estarão na linha de frente garantindo a execução das eleições”, pontua Fred Barboza, trabalhador do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e coordenador do Sundjufe-BA.
A juventude também foi às ruas reivindicar melhorias na educação e denunciam a falta de perspectiva de um futuro melhor. “A juventude luta pelo direito ao futuro. Diante a esta grande crise econômica que atravessamos, não vislumbramos uma boa perspectiva de vida. Trabalhos precários, salários rebaixados e educação sucateada. É isso que ofertam hoje para nós. Não podemos aceitar. Queremos um futuro melhor e livre”, afirma o estudante da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Matheus Araujo, integrante do Coletivo Rebeldia.
A luta dos setores oprimidos também teve espaço na manifestação. Mulheres que integram o Movimento Mulheres em Luta (MML) denunciavam a violência machista e o aumento do número de feminicídio no país. “A violência machista só cresce, enquanto que os recursos da Lei Maria da Penha só reduzem. Isso é um absurdo. Hoje estamos nas ruas contra a violência machista e em defesa das liberdades democráticas. As mulheres lutam pelo direito a viver e contra o projeto de ditadura de Bolsonaro, que tem que ser derrotado com mobilização nas ruas”, ressalta Milena Oliveira, integrando do Movimento Mulheres em Luta.
Além de Salvador, estão agendadas manifestações em Lauro de Freitas, Feira de Santana e Vitória da Conquista.
CSP-Conlutas informações, fotos e vídeos: Sindjufe-BA/Divulgação