
No dia 3 de outubro, estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS, ocuparam o pórtico da UEFS, para reivindicar a contratação de docentes, assim como condições dignas de infraestrutura para o curso. Denunciavam muitas disciplinas sem aulas, por falta de professores/as, assim como as péssimas condições de laboratórios e outros espaços do curso. O movimento dos estudantes de medicina deu continuidade a um movimento realizado por estudantes de outros cursos no mês anterior, por motivos semelhantes. Num crescente, na sexta-feira, dia 6 de outubro, numa assembleia que reuniu mais de 1700 estudantes de vários cursos, o movimento estudantil da UEFS deflagrou greve por tempo indeterminado, reivindicando (i) a reposição por convocação e concurso de todo quadro efetivo de docentes; (ii) a reformulação do programa de permanência estadual, o "Mais Futuro", assim como o reajuste imediato de sua bolsa, que encontra-se congelada há anos; (iii) destinação de 1% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para a política de permanência estudantil, visando sua ampliação; (iv) recomposição e ampliação do orçamento universitário para 7% da RLI.
A pauta de reivindicações dos estudantes reflete anos de políticas neoliberais do governo estadual para as universidades estaduais. Políticas essas que preconizam ataques à autonomia universitária; cortes, contingenciamentos e reduções no orçamento das universidades estaduais; ataques aos direitos trabalhistas e o estabelecimento de políticas de acesso e permanência estudantil que destoam completamente da realidade socioeconômica dos e das estudantes das universidades estaduais.
A diretoria da Adusb manifesta seu apoio e solidariedade ao movimento estudantil e à sua luta, ao tempo em que repudiamos quaisquer tentativas do governo estadual, por meio de seu aparato de repressão, de intimidar ou criminalizar a luta estudantil.
10 de outubro de 2023
Diretoria da Adusb
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