
Os governos do PT a nível federal e estadual vêm se conectando em um sentido: o descaso com as/os servidores públicas/os, a falta de negociação e a negativa em pagar a recomposição salarial das perdas inflacionárias. Na Bahia, desde 2015, a gestão petista diminui o investimento nas universidades estaduais edesvaloriza o salário das/os docentes do ensino superior, que têm perdas salariais que chegam a 44%.
No que se refere a avanços na pauta docente, a nova gestão de Jerônimo Rodrigues tem mantido a mesma prática da anterior. O Fórum das ADs protocolou a pauta de reivindicações ainda no período de transição entre as gestões e, ainda assim, passou todo o ano de 2023 recebendo respostas negativas do alto escalão estadual. Entretanto, apesar de ser o primeiro ano do governo Jerônimo, o ex-professor da Universidade Estaduualde Feira de Santana - Uefs também ocupou o cargo de secretário de Educação durante o governo Rui Costa.
Durante o ano passado, as/os docentes da Adusb paralisaram as suas atividades quatro vezes, realizando atividades em Salvador e, também, nos campi de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista. Além disso, o Fórum das ADs (FAD) ainda protestou durante o Cortejo de 2 de julho e esteve nos gabinetes dos/as deputados/as estaduais tentando o diálogo sobre a pauta de reivindicações.
Em conjunto com outras entidades que integram o funcionalismo público, a Adusb participou de ato público pelo reajuste salarial e de diversas reuniões com o intuito de articular ações com o conjunto das representações sindicais do funcionalismo assim como o Fórum das 12, que reúne as representações dos três segmentos das UEBA. O FAD também fez articulações com o Fórum das/os Reitoras/es e protocolou uma carta aberta à sociedade baiana com reivindicações em comum.
Enquanto tentava desarticular a união das/os servidoras/es estaduais, o governo realizou uma sequência de adiamentos de reuniões com o Fórum das ADs, com a desculpa de não conhecer ou poder debater a pauta das/os docentes. Quando, enfim, a reunião aconteceu, o resultado foi uma sequência de negativas em relação às reivindicações. Relembre o histórico de negociação do movimento docente com o governo Jerônimo neste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=HkjVZCj21UY
Diante dessas negativas, as assembleias das Associações Docentes Estaduais decidiram por manter a mesma pauta de reivindicações em 2024, visto que quase nenhuma foi acatada e negociada pela gestão do estado da Bahia.
As/os representantes do FAD protocolaram a pauta pela última vez no dia 30 de novembro de 2023, após aprovação das assembleias. Neste dia, docentes filiadas/os à Adusb, Adufs e Adusc também paralisaram as suas atividades e realizaram atividades locais de mobilização. Também está sendo articulada uma reunião com demais representações do funcionalismo público estadual, por meio da coordenação do Fórum das ADs.
Enquanto a arrecadação do estado aumenta, os vencimentos das/os docentes valem praticamente a metade em relação a 2015. O desinvestimento e o desinteresse em auxiliar no crescimento das instituições de ensino superior baianas só ficam mais claros quando observamos que nem os 5% da RLI estão sendo aplicados, quando a comunidade acadêmica luta há anos por 7% da RLI para as UEBAs mais 1% para a permanência estudantil. Em contrapartida, o programa estadual de permanência estudantil “Mais Futuro” não tem aumento desde que foi criado e a Lei Orçamentária Anual - LOA 2024 não prevê reajuste para as/os servidoras/es estaduais em 2024.
Com todo o histórico de luta e tendo como devolutiva as negativas da gestão do estado da Bahia, as professoras e os professores das universidades estaduais precisam estar atentas/os, participando das assembleias e das atividades de mobilização. A história mostra que, sem a luta organizada da categoria, não há vitórias. O movimento docente não se retraiu no último ano e continuar na luta é uma necessidade. Relembre o que foi feito em 2023:
https://www.youtube.com/watch?v=Vo7kjNlCm6Q
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