Ao que parece, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), decidiu homenagear os ditadores que durante 21 anos perseguiram sindicalistas, entre tantas outras atrocidades cometidas. Diante do não avanço das negociações com o governo frente às reivindicações da categoria, as seções sindicais Sinduece e Sindurca, das universidades estaduais do Ceará, decidiram pela deflagração de greve docente a partir de 4/4. Contudo, antes mesmo da greve começar, o governador do Ceará, numa atividade antissindical, decidiu judicializar e criminalizar a luta docente, com o objetivo de impedir os/as docentes de exercerem seu legítimo direito de greve. Não satisfeito, o governador também requereu a aplicação de multas às/aos dirigentes das duas seções sindicais, numa atitude autoritária, inconstitucional, persecutória e, porque não, ditatorial e de ultradireita. O confisco do sustento de um/a trabalhador/a que luta por seus direitos, em especial, aquelas/es eleitos/as por seus pares para dirigir seu sindicato, é sim um ataque frontal às liberdades democráticas!
A atitude não surpreende a quem, assim como a categoria docente da Bahia, enfrentou oito anos do governo Rui Costa (PT), um governo autoritário, que não pensava duas vezes antes de mandar a polícia militar reprimir e/ou agredir estudantes, docentes e outras categorias do funcionalismo, que se recusaram a aceitar a lógica ultraliberal de seu governo e os diversos ataques aos direitos de estudantes, docentes e do funcionalismo público de forma geral. Depois de 8 anos do governo Rui Costa, os servidores públicos da Bahia continuam amargando a política de ataque e retirada de direitos com o atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT).
A Diretoria da ADUSB repudia veemente a postura autoritária, antissindical, persecutória e inconstitucional do governo Elmano de Freitas (PT). Manifestamos também nossa solidariedade incondicional à toda categoria docente das universidades estaduais do Ceará e, em especial, às suas lideranças sindicais, nossas companheiras e compenheiros na luta em defesa da educação pública, gratuíta, de qualidade e socialmente referenciada. Não importa sob qual bandeira partidária venha atitudes desta natureza, fascistas não passarão nem nos calarão! Seguiremos lutando, firmes!
Diretoria da Associação Docente da UESB, 04 de abril de 2024