Está agendada para o dia 24 de maio uma reunião, em Salvador, do movimento docente com representantes do governo estadual da Bahia, para discutir como será feita a reposição das perdas inflacionárias dos últimos 9 anos, que já chegam a 50% em alguns casos.
A paralisação foi aprovada pela assembleia da Adusb do dia 29 de abril, que também deliberou pela participação no ato em Salvador e realização de atos locais nos três campi. A paralisação com ato em Salvador também foi aprovada nas assembleias da UESC, UEFS e ADUNEB.
Com o mote "Não Queremos Viver pela Metade", o ponto central da mobilização é a discussão da pauta salarial, que ganhou um novo capítulo após o governo informar sobre o reajuste desse ano, em reunião com o Fórum das ADs no dia 16 de abril. Conforme PLs que tramitam na ALB [cliquei aqui e saiba mais] o reajuste será dividido em duas parcelas de 2% cada, uma em maio e outra em setembro, para todo funcionalismo público. Para o magistério superior, a parcela de setembro terá uma complementação de mais 2,67%, chegando, ao fim, em um reajuste total de 6,97%.
A diretoria da Adusb explicita que o reajuste não repõe as perdas inflacionárias acumuladas desde 2015, apesar de repor as perdas decorrentes da inflação de 2023, que totalizou 4,62%, pelo IPCA. Contudo, destaca também que, para o conjunto dos servidores que receberão apenas os 4%, não haverá reposição sequer das perdas. Cálculos apresentados pela diretoria mostraram também que a não retroatividade do reajuste ao mês de janeiro implica em uma perda de renda anual de aproximadamente 3,5%.
Na próxima semana serão divulgadas as informações sobre os atos locais e o de Salvador.