876 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Mais de 876 mil pessoas em 420,1 mil domicílios tiveram suas casas atingidas diretamente pelas enchentes e deslizamentos nos 418 municípios do Rio Grande do Sul em estado de calamidade ou emergência. Os números representam 8,8% da população e dos domicílios do estado. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na quarta-feira (17).

 

Segundo a análise, a mancha de impacto das enchentes e deslizamentos atingiu aproximadamente 16,1 mil quilômetros quadrados, alcançando 484 municípios do Rio Grande do Sul dos atuais 497.

A elaboração das estimativas envolveu a combinação de dados de imagens de satélite, modelos computacionais, dados censitários e registros administrativos. Foram utilizados dados da mancha de impacto, do Censo Demográfico de 2022 e do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (Cadastro Único) de abril de 2024.

De acordo com a publicação, o impacto dos eventos climáticos é mais amplo do que o indicado no estudo, pois mesmo famílias não diretamente atingidas podem sofrer consequências, uma vez que seus familiares, locais de trabalho e serviços públicos da região podem ter sido afetados. 

Rastro da destruição
As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril destruíram cidades inteiras, afetaram o abastecimento de água, comida e energia elétrica. A catástrofe deixou mais de meio milhão de pessoas desalojadas, resultou na morte de 182 pessoas e deixou outras mais de 800 feridas, segundo o último boletim publicado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, em 10 de julho. 29 pessoas continuam desaparecidas.

ANDES-SN na luta
As seis seções sindicais do ANDES-SN no Rio Grande do Sul se somaram às ações de solidariedade nas ruas, nos abrigos e diferentes instituições, a partir de serviços voluntários, prestação de serviços, doações e toda sorte de iniciativas solidárias. O Sindicato Nacional também orientou as demais seções sindicais e a categoria a fazer doações para as entidades de movimentos sociais que estavam na linha de frente no apoio à população atingida.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Via andes.org.br