Em assembleia geral da Adusb realizada na manhã desta terça-feira, 13, no auditório Anísio Teixeira, Módulo de Educação, campus da Uesb em Itapetinga, docentes rejeitaram a última proposta salarial do governo do estado, de um reajuste pago em 3 anos, correspondente ao índice da inflação do ano anterior, medido pelo IPCA, adicionado de 1%, pagos na data-base da categoria, que é janeiro. Para demonstrar insatisfação, a categoria aprovou paralisação no dia 19 de agosto de 2024, quando acontece a próxima reunião de negociação com o governo do estado.
Rejeição à proposta do governo
A presidenta da Adusb, Iracema Lima, contou ao plenário que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) esteve na Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana) e disse para o movimento docente para "não mandar recado" e que ele, o governador, "não quer greve". Uma clara resposta às ações realizadas pelo Fórum das ADs nos últimos meses.
Em um apanhado dos últimos meses, a categoria aprovou indicativo de greve, em 10 de junho, após o governo se recusar em apresentar propostas numa das reuniões iniciais (veja aqui). Em seguida, com o indicativo de greve, o governo do estado apresentou a proposta de reajuste de 4,7% ao ano nos próximos 3 (três) anos, rejeitada pelas assembleias docentes das universidades estaduais (veja aqui). Assim, o Fórum das ADs continuou discutindo todos os itens da pauta de reivindicação nas mesas de negociação seguintes, além da contraproposta de 11,77% de reajuste anual pelos próximos 4 (quatro) anos ou 14,67% pelos próximos 3 (três) anos.
Na mesa de negociação que aconteceu no dia 30 de julho, o governo estadual apresentou uma nova proposta. A recomposição das perdas inflacionárias do ano anterior, medidas pelo IPCA, respeitando a data-base e, sobre isso, um índice de 1%, inicialmente, nos próximos 4 (quatro) anos. Na manhã de hoje, 13 de agosto, reavaliaram a proposta e, com a justificativa de impedimento colocado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), os reajustes serão válidos somente para os próximos 3 (três) anos.
Em avaliação, o movimento docente entendeu que dessa maneira levaria cerca de 28 anos para recompor as perdas de aproximadamente 35% acumuladas entre 2016 e 2022, período do governo Rui Costa (PT). Por isso, a proposta foi rejeitada por unanimidade.
Categoria aprova uma nova proposta
Para continuar as negociações com a administração estadual, a assembleia da Adusb aprovou a proposta elaborada pelo Fórum das ADs com base em um levantamento realizado tendo em vista os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner. Dessa forma, a categoria aprovou uma contraproposta que mantém a reposição das perdas inflacionárias do ano anterior medidas pelo IPCA, mas acrescenta a isso um reajuste de 4,5% de recomposição, na data-base, pelos próximos 3 (três) anos.
Aprovada a paralisação no dia 19 de agosto
A próxima reunião de negociação com o governo do estado está marcada para o dia 19 de agosto de 2024. No mesmo dia, as/os docentes paralisarão as suas atividades nos três campi da UESB, com aprovação unânime da assembleia, e promoverão atividades de mobilização em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista.
Para tanto, as professoras e os professores acataram a utilização do fundo de mobilização para construção das atividades e dos materiais de comunicação.
Representação docente no Conselho de Campus e no Comitê da Proapa
Durante a assembleia, docentes dos três campi iniciaram a recomposição da representação docente no Conselho de Campus. Docentes de Vitória da Conquista e Itapetinga também recompuseram o Comitê da Proapa. Essas recomposições terão continuidade nas próximas assembleias, para completar o quadro de representações.
Conselho de Campus
Itapetinga
Sônia Martins Deodoro (titular)
Jânio Benevides (titular)
Nelma Gusmão (suplente)
Edilson Batista (suplente)
Vitória da Conquista
Iracema (titular)
Márcia (suplente)
Jequié
Daniel de Mello (titular)
Comitê da PROAPA
Itapetinga
Edilson Ferreira Batista (titular)
Elson Lemos (suplente)
Vitória da Conquista
Marcia Menezes (titular)
Andreia Sanches (suplente)