Em dia de paralisação, docentes e discentes denunciam desinvestimento na Uesb

A última quarta-feira, 11 de setembro, foi marcada pela paralisação de 24h das/os docentes das quatro universidades do estado da Bahia (Uebas), com ato unificado em Salvador. Durante a manifestação, que aconteceu em frente ao Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), estudantes e professoras/es da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) defenderam a luta do movimento docente e estudantil. 

 

A presidenta da Adusb, Iracema Lima, afirmou que quando a pauta do Movimento Docente pede 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades e 1% para a permanência estudantil, é porque “sem estudantes não há universidade”. O estudante da Uesb, Augusto Carvalho, afirma que “nós temos uma péssima política de permanência estudantil”. Segundo o integrante do movimento estudantil, “um sonho nosso de ingressar na universidade, mas logo que a gente ingressa, depois de passar por um árduo vestibular, a gente vê essa oportunidade sumindo do nosso horizonte, porque a gente não consegue permanecer”. 

 

Vai ter greve?

 

A vice-presidenta da Adusb no campus de Jequié, Silvana do Nascimento, lembra que o movimento docente não quer retirar os estudantes da sala de aula, mas se “preciso for, faremos greve”. As/os docentes das Uebas pedem um reajuste de três parcelas de 5,5% em dois anos, sem amarras para 2027, para que tenham um ganho real de 8,4% e recomponham parte das perdas adquiridas durante o governo Rui Costa (PT). 

 

Elson Lemos, vice-presidente da Adusb no campus de Itapetinga afirma, ainda, que “o governo do estado tem ausência de compromisso até mesmo com a sua base política, porque às vésperas de uma eleição, está chamando o movimento para greve”. O movimento estudantil, segundo a integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE/VDC), Livia Arcanjo, “se for necessário, a gente vai estar junto com eles  [as/os docentes] na greve”. 

 

“Não vamos arregar e, se Jerônimo quiser, greve iremos fazer. Não queremos greve, mas temos disposição, governador”, conclui a sindicalista, Iracema Lima.

 

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