
No 68º Conad, o Plebiscito Popular 2025 foi reconhecido como uma ferramenta estratégica de mobilização social, por colocar em debate temas fundamentais à vida e às lutas da classe trabalhadora brasileira. Um dos principais eixos é a taxação dos super-ricos, proposta essencial para combater a desigualdade social e enfrentar o modelo injusto de tributação no Brasil.
Desigualdade tributária no Brasil: quem paga mais proporcionalmente?
O Brasil está entre os países mais desiguais do mundo. Apenas 0,1% da população concentra uma parte significativa da renda e do patrimônio nacional. E, apesar disso, essa elite econômica paga proporcionalmente menos impostos do que os trabalhadores e trabalhadoras que vivem de salário.
Atualmente, a maior parte da arrecadação no país vem de tributos sobre o consumo (como o ICMS sobre alimentos, transporte, energia elétrica), que incidem igualmente sobre pobres e ricos, mas pesam muito mais no orçamento de quem ganha pouco. Já a tributação sobre renda e patrimônio é reduzida, cheia de brechas e privilégios, favorecendo justamente os mais ricos.
Comparativo: Quem paga mais imposto no Brasil?
* Rendimentos isentos via distribuição de lucros e dividendos.
Fonte: Instituto Justiça Fiscal, Unafisco, DIEESE, IPEA, Simulações com base na tabela do IRPF vigente (2025).
O que propõe o Plebiscito?
A proposta da taxação dos super-ricos inclui um conjunto de medidas para reequilibrar o sistema tributário brasileiro. Entre as principais, estão:
- Criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) — previsto na Constituição de 1988, mas nunca regulamentado;
- Tributação de lucros e dividendos, atualmente isentos no Brasil desde 1996;
- Aumento do imposto sobre heranças bilionárias, hoje limitado a 8%, enquanto países como França, Japão e EUA adotam alíquotas de 30% a 50%;
- Fim de isenções e benefícios fiscais regressivos que favorecem rentistas e grandes grupos econômicos.
Segundo estimativas da Campanha Tributar os Super-Ricos, esse conjunto de medidas pode gerar R$ 292 bilhões por ano, valor que poderia ser destinado a políticas públicas essenciais como saúde, educação, moradia e renda básica.
Por que precisamos da sua participação?
Sem mobilização popular, projetos como o imposto sobre grandes fortunas permanecem engavetados no Congresso há décadas. O plebiscito é um instrumento de pressão e conscientização social, para mostrar que o povo exige justiça tributária.
Para garantir a participação da comunidade acadêmica, a Adusb disponibilizará urnas em suas sedes. Confira:
Participe, divulgue, mobilize!
A injustiça tributária aprofunda a desigualdade, desmonta os serviços públicos e favorece a concentração de riqueza. Taxar os super-ricos não é perseguição, é justiça. É corrigir distorções de um sistema que pune quem trabalha e protege quem vive de renda.
Vote no Plebiscito Popular 2025!
Urnas disponíveis na Adusb em Conquista, Jequié e Itapetinga. Leve essa discussão para sua sala, seu sindicato, seu grupo de pesquisa.
É hora de mostrar a força da comunidade acadêmica e da classe trabalhadora!