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A Chapa "Edson Luís – Os estudantes não se rendem" foi eleita como a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Vitória da Conquista, assumindo a liderança em 20 de outubro. A Adusb parabeniza a nova gestão e deseja uma caminhada combativa, plural e comprometida com as pautas históricas do movimento estudantil.
A gestão que se inicia sucede a chapa Maria Felipa, que esteve à frente do DCE desde novembro de 2023. A eleição contou com duas chapas homologadas: a vencedora “Edson Luís – Os estudantes não se rendem” (Chapa 1) e a “Raízes Populares” (Chapa 2), ambas compostas por estudantes comprometidos com as lutas e pautas do movimento estudantil.
A coordenadora geral da nova gestão do DCE, Micaelly Teixeira, destacou que busca primeiro entender a luta histórica de todos que vieram antes, citando que o nome da chapa, Edson Luís, é uma homenagem a um estudante assassinado durante a ditadura militar por lutar por um Restaurante Universitário (RU) de melhor qualidade e contra o aumento de preços.
Micaelly enfatizou que, embora todas as conquistas atuais (como a residência universitária e o RU) tenham sido fruto da luta estudantil, a universidade hoje está "cada vez mais sucateada”, apresentando "condições precárias em vários sentidos".
Condições Precárias e Inadequação da Permanência Estudantil
A residência universitária foi classificada pela coordenadora geral como de "péssima qualidade que está caindo aos pedaços e insuficiente”, acolhendo pouquíssimas/os estudantes. As falhas no Restaurante Universitário (RU) também estão entre as principais reivindicações da gestão, tendo em vista que é "extremamente caro e oferece péssimo serviço".
Além dos problemas de assistência estudantil, Micaelly apontou as falhas estruturais da Uesb, que dificultam a permanência de estudantes com baixa mobilidade. Ela enfatizou também que as/os estudantes do noturno "não são vistos como universitários, aparentemente". Para esses/as docentes, o acesso a serviços é extremamente difícil, visto que quando chegam, o RU e os setores da universidade não estão mais funcionando. Estudantes que dependem da cota de Xerox, por exemplo, não conseguem acessá-la, pois o cadastramento "só vai até 4 horas da tarde," prejudicando diretamente aqueles que trabalham.
Luta conjunta da comunidade acadêmica da UESB
Ciente de que “sozinho a gente não vai mudar nada, já que as conquistas vêm através da luta coletiva," o DCE assumiu o desafio de um "amplo diálogo" e "profunda articulação" com todas/os as/os membros da comunidade acadêmica, incluindo professoras/es e técnicas/os.
A luta histórica da comunidade acadêmica por 7% da Receita Líquida de Impostos para as universidades estaduais da Bahia, com 1% especificamente para assistência e permanência estudantil, é um exemplo citado pela coordenadora geral. O DCE se soma, também, às reivindicações por mais concursos para professoras/es para que fiquem menos sobrecarregados, por mais bolsas e por melhores laboratórios.