
É hora de fortalecer a greve!
A greve nacional bancária continua forte, chegando ao 17° dia. Na Caixa Econômica Federal,
Finalmente, a FENABAN marcou negociação para esta quinta-feira (13), às 16 horas. O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) acredita ser muito importante ter a negociação, porém sabe que a categoria precisar estar em alerta, pois existe uma grande possibilidade de que, a exemplo do que ocorreu nos últimos anos, o sindicato apoie e defenda em assembleia a aceitação de uma proposta rebaixada, aquém do que os bancários podem conquistar. Os bancários que reafirmar a decisão tomada pela última assembleia de São Paulo, por iniciativa da oposição: “não aceitamos nenhuma proposta que inclua desconto ou compensação dos dias parados. Também não podemos aceitar propostas que estejam abaixo do patamar conquistado no BANPARÁ e BRB”.
A defesa do Direito de Greve
Os bancários não podem aceitar que o governo continue atacando o direito à greve. Dilma está tentando impor o desconto dos dias parados, como fez com os companheiros dos Correios para penalizar todos os que fizeram greve e derrotar todos os trabalhadores do país. A tentativa de disciplinar o movimento grevista tem uma clara intenção: evitar movimentos nos próximos anos e obrigar os trabalhadores a pagar pela crise econômica mundial que ainda não chegou com força ao país.
A categoria tem que aumentar a pressão sobre o governo Dilma para que abra negociações específicas no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Os sindicatos da Bahia e de Bauru já aprovaram a publicação em jornais de cartas exigindo que o governo abra estas negociações e também denunciando o ataque ao direito de greve. A assembleia de São Paulo aprovou enviar uma carta à Dilma, mas precisamos exigir que ela seja publicada em um jornal de grande circulação nacional. Independente da negociação com a FENABAN, o comando nacional precisa manter o pedido de audiência com Dilma para deixar claro que os bancários não aceitam o ataque ao direito de greve que o governo tem feito.
Unificar com as demais categorias em luta
Para enfrentar a intransigência do governo, também necessitamos de unidade com outros setores em greve e mobilização. A manifestação convocada pela CONTRAF para esta sexta- feira tem que ser unificada com os funcionários do judiciário federal, que estão em greve, com os controladores de aeroportos, que têm paralisação de 48 horas marcada para o dia 20 e com os petroleiros, que estão em campanha salarial. Não podemos aceitar o que aconteceu na última terça, quando mais de mil trabalhadores do judiciário federal fizeram um protesto na Paulista,
Participe das atividades para fortalecer a greve
Esta quinta-feira é um dia muito importante, pois os bancários terão negociação com o governo e empresa. É fundamental que a categoria, além de permanecer em greve, participe das atividades e dos piquetes que puderem.
Todos à assembleia!
Em vários locais não há assembleia para avaliar e definir os rumos da campanha. Isso é muito ruim, pois enfraquece o movimento. Provavelmente, os bancários terão assembleia na sexta-feira para deliberar sobre a proposta da negociação. Nos últimos anos, os sindicatos tem feito um operativo com a direção dos bancos públicos: quando querem acabar com a greve, convocam assembleias para as 19 horas e os bancos convocam os administradores para comparecerem e votarem pela aceitação de acordos rebaixados, pondo fim a greve. Precisamos convocar os colegas a comparecerem à assembleia, pois não podemos deixar que quem defina a aceitação ou não da proposta seja quem não fez greve.
Greve dos Correios
Na 3ª feira, no 28º dia de greve, houve o julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores dos Correios. Foi concedido apenas o índice de inflação (6,78%). A greve não foi considerada abusiva, mas foi determinado o desconto de sete dias e a compensação dos outros 21. O TST também aprovou os R$ 80,00 de valor fixo no salário a partir de 1º de outubro (na conciliação seria a partir de 1º de janeiro de 2012). Foi aprovado ainda o vale extra de R$ 575 para dezembro, vale-alimentação de R$ 25 e vale-cesta de R$ 140. Após o julgamento das reivindicações, foi determinada a volta ao trabalho à 0h de quinta-feira (13).
Segundo Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, membro da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC), oposição à maioria da Fentect, que acompanhou o julgamento em Brasília “o sentimento da base da categoria é de muita revolta”, diz. Foi a primeira vez na história que a ECT determina o corte nos salários de grevistas. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a comparar na imprensa a greve com férias.
Porém a categoria não sai desmoralizada porque foi a força de greve que conquistou para o mísero salário base de R$
O segundo grande momento dessa greve foi a verdadeira rebelião de base que atropelou a direção majoritária da Fentect (PT e PCdoB) em todo o país. No dia 4 de outubro, a maioria do Comando Nacional de Greve havia firmado acordo com a direção da empresa durante audiência de conciliação no TST que abria mão dos dias parados. Apesar de a Fentect orientar a aprovação da proposta nas assembléias do dia seguinte, todos os 35 sindicatos que compõem a Federação rejeitaram por unanimidade o acordo.
A direção dos sindicatos não foi capaz de realizar asssembleias representativas para debater a decisão do TST.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte – Retirado da página da CSP-Conlutas