Intransigência segue: após corte de ponto e reintegração de posse, grevistas da USP radicalizam movimento

Em meio à última Assembleia Geral dos Funcionários da USP, que seguem em greve há 70 dias, foi anunciado o corte de ponto de trabalhadores com descontos de 2, 15 e até de 30 dias.

Com este mais novo ataque, os grevistas realizaram outro trancaço no prédio da reitoria nesta segunda-feira (4). Em protesto contra a postura da reitoria.
 
No primeiro dia do segundo semestre letivo, parte das aulas também foi suspensa.
 
Desde a manhã de hoje, os grevistas permaneceram em frente ao prédio da reitoria. A ação aconteceu mesmo após sofrerem reintegração de posse, no último domingo, confirmando assim que é dessa maneira que Zago e o governador Alckmin encaram as questões dos trabalhadores: como caso de polícia.
 
Zago, que continua agindo com truculência e desrespeito, deve encarar a radicalização do movimento, e novo trancaço está marcado para a próxima quinta-feira (7), às 5h, no P1, contra os cortes de ponto e a invasão da polícia militar.
 
Chamado aos estudantes
Os funcionários da USP chamam os estudantes a se unir ao movimento grevista. Confira aqui a carta
 
Na Unicamp
O reitor da Unicamp informou que o início do 2º semestre, na melhora das hipóteses, começará em setembro devido à greve e a ausência de lançamento das notas de muitos alunos. 
 
O Sindicato dos Trabalhadores da USP também recebeu a informação de que o reitor Tadeu ofereceu um abono salarial de 21% (referente aos quatro meses: maio, junho, julho e agosto), pois em setembro “haverá negociação”.
 
A Assembleia da Adunicamp (professores) aprovou a suspensão da greve até setembro. Veja o boletim completo do Sintusp
 

Fonte: CSP-Conlutas