
Terceirizados(as) da Uesb, campus de Vitória da Conquista, bloquearam os portões da Universidade, nesta quinta (26), para reivindicar o pagamento de salários e outros direitos. Desde a segunda (23), os(as) trabalhadores(as) permanecem com as atividades suspensas. De acordo com informações do sindicato da categoria (Sindilimp), a segurança da Uesb colocou cadeados nos portões abertos para impedir a mobilização.
Das três empresas em débito com os(as) trabalhadores(as), apenas a Basetec realizou parte dos pagamentos e anunciou a quitação até a sexta (27). Os(As) funcionários(as) da HD Montagens e a CCS Serviços Especializados ainda não têm previsão de quando receberão o salário do mês passado, bem como o que vence no dia 1º de março. Ambas as empresas estão em atraso com encargos sociais como INSS e FGTS. Devido aos problemas apresentados desde o ano passado para cumprir com seus deveres trabalhistas, a HD Montagens deverá encerrar suas atividades na Uesb em maio.
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Segundo o secretário do Sindilimp, Luciano Souza, a paralisação desta quinta “é basicamente um alerta para a gente mostrar que pode e que o trabalhador tem o direito de se manifestar”. O sindicalista também se manifestou como insatisfeito com o governo. “Exigimos respeito! Não podemos continuar na situação que estamos”, reivindicou o dirigente.
Situação nos demais campi
Terceirizados(as) do setor administrativo do campus de Jequié receberam o salário atrasado na quarta (25). Trabalhadores(as) dos serviços gerais ainda não têm previsão para regularização. Em Itapetinga, a Adusb recebeu informações de funcionários(as) terceirizados(as) de que o salário do mês de janeiro também foi pago. As atividades permanecem normais nos referidos campi.
Agenda de mobilizações
Em entrevista, o Sindilimp comunicou que os portões do campus de Vitória da Conquista permanecerão fechados durante toda quinta. Na sexta (27), a categoria estará mobilizada em frente aos quiosques do Módulo Luizão e permanecerá de braços cruzados. “Caso o pagamento dos salários não ocorra, na terça [03 de março] estaremos tomando uma posição, acredito que tal como esta [de bloquear os portões]”, afirmou Luciano Souza.
A Adusb considera os atrasos nos pagamentos como inaceitáveis e manifesta, mais uma vez, seu total apoio à luta destes(as) trabalhadores(as). O Movimento Docente reivindica ainda que a reitoria da Uesb priorize o respeito aos direitos trabalhistas.