Da classe trabalhadora brota a resistência! Este 14 de abril foi marcado como um dia de manifestações e paralisações em todo Brasil. Somente por meio de uma luta unificada, organizada na base, os trabalhadores podem barrar os ataques desfechados pelos governos e patrões.
O dia de luta dos servidores públicos é contra o Projeto de Lei Complementar 257 (PLP 257/2016), de autoria do Executivo, recebeu 209 emendas parlamentares e entrou na pauta para votação na Câmara dos Deputados no dia 04 de abril. O projeto faz parte do pacote de ajustes fiscais do governo Dilma Rousseff (PT). Querem que os trabalhadores paguem a conta da crise atacando diretamente os direitos trabalhistas, promovendo arrocho salarial e demissões, além do aumento nos preços dos alimentos, taxas, impostos e tarifas. A reforma da previdência, que atinge principalmente as mulheres, também é um duro golpe, assim como as privatizações como forma de saquear os cofres públicos.
Confira algumas das mobilizações realizadas no país:
Rio Grande do Norte: Em Natal, o ato aconteceu em frente ao hospital Walfredo Gurgel. A convocação foi feita pelo Fórum dos Servidores Estaduais do RN, que reúne sindicatos como o Sinpol, Sindsaúde, Sindasp, Sinsp e Sinai e pelo Espaço Unidade de Ação. Além disso, entidades do funcionalismo federal como o Sintest e Fasubra, e as centrais CSP-Conlutas e Intersindical participaram do protesto.
São Paulo: Servidores federais de São Paulo fizeram uma agitação em frente à Superintendência do INSS. A atividade contou com representações do Incra, Ipen, MTE, Ex-LBA, MS, INSS, judiciário e da CSP-Conlutas. Os servidores do INSS falaram sobre a paralisação que ocorreu no dia de hoje em vários estados. Nas unidades de São Paulo a adesão foi significativa. No Incra, os funcionários fizeram uma roda de conversa para analisar o PL e para debater sobre as consequências na vida do servidor.
Rio de Janeiro Os profissionais de educação das escolas estaduais, em greve desde o dia 2 de março, foram em passeata até a Secretaria de Fazenda, na Avenida Presidente Vargas, onde ocuparam o saguão do prédio (foto).
Pernambuco: Os técnico-administrativos em educação da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) também fortalecem a luta através da realização de um ato e debate sobre o projeto.
Ato Unificado em Brasília
Em Brasília, a mobilização começou a partir das 9h, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). Representantes de diversas categorias dos serviços públicos federais, estaduais e municipais estavam presentes.
Após atividades da manhã, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais realizou sua terceira reunião ampliada, na qual debateu a continuidade das lutas contra o PLP257/16 e um calendário de lutas que ainda será divulgado.
Para Paulo Barela, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, é necessário convocar urgentemente a unidade das lutas que vêm ocorrendo no país para fortalecer um campo classista em contraposição ao governismo e também contra a oposição de direita, rumo à preparação de uma Greve Geral. “É hora das centrais governistas romperem com a sustentação que vem dando a essa política nefasta do governo Dilma e defenderem os direitos da classe trabalhadora”, conclamou.
O dirigente alertou para a falsa expectativa criada por essas centrais depois da reunião realizada terça-feira (12) com o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini. “Não podemos ter qualquer confiança no governo. Não houve recuo, o que eles pretendem é ganhar tempo”, referindo-se as promessas do ministro.
Confira aqui a matéria completa sobre a reunião entre as Centrais e o Ministro Ricardo Berzoini:
A luta continua! Dia 01 de maio vamos tomar a Avenida Paulista contra o governo Dilma e a oposição de direita e construir uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre!
Acesse também o boletim da CSP-Conlutas sobre o PLP 257/16: Boletim PLP257
Fonte: CSP-Conlutas