O Governo Rui Costa, mais uma vez, usa a truculência para intimidar e constranger a comunidade acadêmica. Professores e estudantes da UESB, ao realizar manifestação pacífica durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Vitória da Conquista, foram agredidos de forma violenta por seguranças do governador. Bancários, moradores do Coveima, trabalhadores terceirizados da educação e estudantes da rede básica também apresentaram suas reivindicações durante a cerimonia.
A comunidade acadêmica, presente no ato, denunciou o corte de R$ 73 milhões em verbas essenciais das Universidades Estaduais, a falta de concursos e pagamento de terceirizados, além de uma política de permanência estudantil inadequada. Os problemas são muitos, da ausência de material de higiene nos laboratórios a falta de professor em sala de aula. A situação expressa a falta de compromisso do Governo com a melhoria das condições de vida da população baiana.
Os manifestantes tentaram acompanhar a visita às instalações da unidade de saúde, quando foram impedidos pela segurança do governador. Professores, professoras e estudantes foram duramente reprimidos fisicamente e com jatos de spray de pimenta. Outros sindicatos e movimentos presentes na atividade foram solidários e auxiliaram na defesa das vítimas.
A Adusb permaneceu na cerimônia para entregar a pauta de reivindicações do Movimento Docente ao Governador. Mais uma vez, os manifestantes foram alvo do autoritarismo e da incapacidade de diálogo do Governo. O docente Reginaldo de Souza Silva, após ser espancado e arrastado pela segurança oficial, desmaiou e precisou ser atendido na UPA. É importante registrar que o atendimento médico só ocorreu por conta da pressão da Adusb e demais movimentos sociais presentes. Os responsáveis pela lesão negaram assistência e continuaram as agressões aos militantes que buscavam auxiliar o docente. A professora Sandra Cristina Ramos foi covardemente atacada por um segurança do Estado, agredida com um tapa no rosto e ofendida verbalmente com injúrias machistas.
Toda violência foi acompanhada de perto por Rui Costa, que não emitiu qualquer ordem de suspensão aos atos de sua segurança. Indignados com o tratamento dispensado, professores e estudantes cobraram posicionamento sobre as agressões e a situação orçamentária da Universidade. O governador Rui Costa não recebeu a pauta da categoria, em mais uma prova do seu autoritarismo e descaso com a educação pública da Bahia.
O governo Rui Costa deu mostras de que não respeita qualquer manifestação contrária aos seus interesses e reage de modo truculento quando a população manifesta publicamente sua insatisfação. A violência empregada pelo Estado contra professoras e professores, responsáveis pela formação de jovens de toda região, é injustificada e precisa ser tratada com a seriedade que a situação exige. É inadmissível que em um Estado democrático e de direito, a criminalização dos movimentos sociais seja o expediente utilizado pelo governo petista da Bahia.
A Adusb repudia veementemente a postura do Governo Rui Costa, coloca-se na defesa irrestrita do professor Reginaldo de Souza Silva e da professora Sandra Cristina Ramos e está tomando todas as providências jurídicas necessárias para que os fatos sejam apurados com rigor e os responsáveis punidos por suas ações.