Segundo informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a economia do Estado cresceu 1,9% no segundo trimestre de 2017. Comparado com o mesmo período de 2016, o aumento é de 2,4%. O percentual equivale a dez vezes mais que o alcançado pelo Brasil no primeiro trimestre. Apesar da situação financeira favorável, o governo Rui Costa mantém a sua política de austeridade aos serviços públicos e se recusa a reajustar o salário do funcionalismo estadual.
As prioridades questionáveis do governo
O mesmo governo que justifica o não pagamento da reposição inflacionária aos servidores por falta de dinheiro, publicou na sexta-feira (20) a concessão de patrocínio à empresa Time For Fun Mídia Ltda no valor de R$ 700 mil. Os recursos foram destinados à realização do show de Paul McCartney em Salvador. O evento de caráter privado teve ingressos vendidos entre R$ 95 e R$ 750. Outro fator agravante é que o patrocínio foi viabilizado por meio de um termo de inexigibilidade, um recurso em que não é necessária a realização de licitação.
Confira a publicação do Diário Oficial
Enquanto o Estado da Bahia mais uma vez prioriza a iniciativa privada, milhares de servidores estão com vencimentos básicos abaixo do salário mínimo. A perda nos últimos dois anos equivale ao não recebimento de mais de dois meses de salário.
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A educação também sofre com o ajuste fiscal do governo Rui Costa. As Universidades Estaduais da Bahia deixaram de receber mais de R$ 200 milhões para as verbas de manutenção, investimento e custeio, se tomarmos como referência 2013 e a inflação acumulada do período. Por conta disso, as atividades de ensino, pesquisa e extensão estão prejudicadas, o que interfere negativamente na formação de mais de 60 mil estudantes baianos.
O cenário econômico
As perspectivas econômicas da Bahia são otimistas para o ano que vem, pois também apontam para um resultado maior que o previsto para o Brasil. A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Estado deve ficar em 3% para 2018. Apesar da vaga promessa do líder do governo, deputado José Neto, de aguardar as previsões econômicas do próximo período para apresentar uma proposta ao funcionalismo, o silêncio impera.
A luta
Professores e professoras das Universidades Estaduais não aceitam o arrocho salarial e o desmonte das Universidades Estaduais. Na avaliação da categoria, apenas com o endurecimento das ações será possível fazer o enfrentamento com o governo, que há dez meses ignora a pauta de reivindicações do Movimento Docente. Por isso, o indicativo de greve foi aprovado para professoras e professores da Uesb, Uesc, Uneb e Uefs.
Fonte: Adusb com informações da Secretaria de Comunicação da Bahia e Diário Oficial da Bahia