28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). A data escolhida é em razão da Revolta de Stonewall, que foi uma série de manifestações de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova Iorque ao bar Stonewall Inn em Manhattan, Estados Unidos, no dia 28 de junho de 1969.
No Brasil os LGBTs têm muitas lutas a travar. O Grupo Gay da Bahia (GGB), que monitora a violência contra a comunidade LGBT no país, afirma que em 2017 houve ao menos 445 mortes no Brasil relacionadas à LGBTfobia. Segundo o mesmo grupo, apenas no primeiro trimestre de 2018, outros 126 LGBTs foram assassinados no Brasil por conta da sua orientação sexual. Ou seja, a cada 19 horas um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da opressão, o que faz do Brasil recordista nesse tipo de crime.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, as denúncias sobre homicídios praticados contra integrantes da comunidade LGBTs feitas ao Disque 100 cresceram 127% entre 2017 e 2016: foram 193 no ano passado, contra 85 no ano anterior.
47 anos de Stonewall, uma lição a ser retomada
Stonewall era um bar frequentado majoritariamente por gays, lésbicas, travestis e drag queens. Nos Estados Unidos, em 1969, “atos homossexuais”, assim descritos, eram ilegais em todos os estados americanos, exceto Illinois, o que era motivo pra forte repressão policial aos frequentadores da área de Greenwich Village, local onde se concentrava boa parte da população LGBT nova-iorquina. No dia 28 de junho, após uma ação policial violenta e prisões arbitrárias, os membros da comunidade LGBT iniciaram uma revolta contra a polícia, que resultou em protestos por seis dias consecutivos.