Plenária debate conjuntura e aponta necessidade de unidade para ampliar a luta
Plenária do 63º Conad | Foto: Andes-SN

A primeira plenária temática do 63º Conad do ANDES-SN, realizada na noite dessa quinta-feira (28), discutiu o movimento docente e a conjuntura e fez uma avaliação da atuação do Sindicato Nacional frente às ações estabelecidas no 37º Congresso, realizado em janeiro em Salvador (BA).

Quatro textos foram apresentados pelos autores, com diversas leituras da conjuntura. No entanto, todos apontaram a necessidade de construção de ampla unidade para enfrentar os ataques aos direitos da classe trabalhadora, na perspectiva de construção de uma nova greve geral.

Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, falou em nome da diretoria do ANDES-SN, defendendo o texto Movimento Docente e Conjuntura.  Ele destacou os desafios de reorganização da classe trabalhadora e a importância de se ampliar a unidade para intensificar as lutas para reverter os ataques aos direitos sociais e trabalhistas, que ocorrem não só no Brasil, mas contra os trabalhadores em todo o mundo.

José Alex Santaos e Luis Eduardo Acosta defenderam o texto “Reorganizar a classe trabalhadora para enfrentar a crise geral do capital e promover um novo ciclo de lutas sociais classistas”. Em sua fala, Acosta apontou o processo de processo de apassivamento da classe trabalhadora e a necessidade de compreensão dessa mudança no modo de vida para pensar o processo de organização da classe trabalhadora. Os docentes propuseram colocar em debate a proposta de uma universidade popular, para além de pública, que de fato atenda a classe trabalhadora. 

Eudes Baima e Gisele Moreira apresentaram o texto “Afirmar a luta contra o golpe, em defesa da universidade e pelo Lula Livre; avançar na campanha salarial 2019”. Fizeram uma análise dos ataques à democracia nos seis meses que passaram após o 37º Congresso do ANDES-SN, citando o assassinato de Marielle Franco, o ataque à Caravana do Partido dos Trabalhadores e a prisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Também apontaram a necessidade de ampliar a luta em unidade com outros movimentos.

O último texto “Só é possível avançar com lutas! é preciso construir uma rebelião em nosso país”, foi defendido por Raphael Furtado, que destacou os diversos ataques aos trabalhadores nos estados, protagonizados pelos governos do PT como Piauí, Bahia e Ceará, para ressaltar que a retirada de direitos e violência do Estado não está restrita a um partido ou apenas ao governo federal e que não teve início com o governo Temer. O docente disse ser necessário manter a coerência em relação à centralidade da luta aprovada em janeiro, no 37º Congresso.

Após a apresentação dos textos, foram abertas inscrições para manifestações dos participantes do Conad, garantindo mais de 20 falas que trouxeram as mais diferentes análises. Para Cláudio Mendonça, 2º tesoureiro do ANDES-SN, que coordenou a mesa da plenária, esse espaço de debate é fundamental e demonstra a característica de respeito às diferenças que pauta o Sindicato Nacional.

“Essa plenária é de extrema importância para o nosso sindicato, pois expressa um aspecto fundamental de organização da nossa história que é a mais ampla democracia. Aqueles que elaboram os textos têm tempo disponível para apresenta-los. Além disso, todos os delegados e observadores têm possibilidade de intervir, fomentando o debate e contribuindo para que o nosso sindicato se fortaleça cada vez mais”, avaliou.

“Mesmo com caracterizações distintas da conjuntura, algo que nós percebemos é que há uma compreensão exata de que nós temos a obrigação de sair desse Conad fortalecidos para derrotar as contrarreformas do governo ilegítimo de Temer e que só iremos fazer isso com uma greve geral, concluiu. 

Fonte: ANDES-SN