
Atualizado em 20 de julho de 2018 às 19:17
25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esse marco foi definido em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana. No Brasil, a lei n° 12.987/2014 regulamentou a data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Para marcar esse momento importante, a Adusb e os coletivos feministas da Uesb, campus Vitória da Conquista, preparam diversas atividades de mobilização e convidam a comunidade acadêmica a participar.
A professora da Uesb e membro do Grupo de Trabalho para Questões de Classe, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), Márcia Lemos, considera a data fundamental, especialmente em uma “conjuntura de profundo ascenso do pensamento liberal-conservador e de visibilidade às ideias reacionárias e seus conteúdos racistas e misóginos”. A docente chama atenção, pois as estatísticas “deixam absolutamente claro o conteúdo de subalternização, de inferiorização das mulheres negras, mestiças, pobres e de periferia na sociedade brasileira”.
Mulheres negras são as mais afetadas pela pobreza, racismo e assédio
No Brasil, passados mais de cem anos da abolição da escravatura, a ideologia racista, operada pela ordem do capital e a serviço deste, tem marcado a vida de negras e negros, manifestando-se de diferentes formas. Seja na destruição da sua subjetividade, seja na ocupação dos piores postos de trabalho, com jornadas contínuas e extenuantes, baixa remuneração e expostas ao assédio moral e sexual. Mulheres negras trabalhadoras, pobres e da periferia, têm o acesso negado à saúde pública, ao direito de dispor de seus corpos sem serem hiperssexualizadas ou mesmo de verem seus filhos crescerem, por conta do genocídio da juventude negra.
Programação
24 de julho de 2018
19h |Panfletagem nos módulos de aula e setores da UESB - Concentração no Módulo II
25 de julho de 2018
8h |Panfletagem nos módulos de aula e setores da UESB - Concentração no Módulo V
10h |Oficina de Cartazes - Saguão da Biblioteca
12h |Intervenção no Restaurante Universitário (Grupo Apodio)
14h |Panfletagem nos módulos de aula e setores da UESB - Concentração na Biblioteca
15:30 | Intervenções políticas e culturais dos Coletivos (Oficina de Turbantes, Palco Aberto com música e poesia) - Toldo em frente à cantina (a confirmar)
17h |Cortejo com o Samba de Crioula
17:30 |Roda de conversa no auditório da Adusb “Emancipação da mulher negra e transformação social: violências, assédio, saúde mental, luta de classes e anti-racista”
Debatedoras:
Núbia Regina - Doutora em Sociologia e Professora do curso de Ciências Sociais da UESB;
Marina Castro - Discente do curso de Psicologia da UESB e rapper do Rosas do Gueto;
Mayra Rocha – Bacharel em Jornalismo e militante do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Nana Aquino - Bacharel em direito e Licencianda em Ciências sociais
20h |Encerramento com intervenções culturais (Samba de Crioula e Rosas do Gueto) – Auditório da Adusb
Entidades que realizam o dia 25 de julho na Uesb
Adusb – Grupo de Trabalho para Questões de Classe, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), Coletivo Obá Elekó, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Pretas da Dió, Coletivo LGBT Comunista, DCE Uesb – Gestão Kamayurá.
Fonte: Comissão Organizadora do dia 25 de julho com edição da Ascom Adusb