27 de setembro é dia de paralisação e mobilização dos professoras e professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Conforme as deliberações das assembleias, haverá paralisação e atividades de mobilização na Uesb, Uesc e Uefs. Na Uneb haverá um calendário de ações durante todo o dia, sem paralisação.
Leia mais sobre as atividades que ocorrerão na Uesb, Uefs, Uesc e Uneb.
O protesto reforça a luta em defesa das universidades estaduais e por reajuste salarial. A mobilização foi encaminhada pelo Fórum das ADs e reforça o Dia Nacional de Lutas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Setor das Iees/Imes) do ANDES-SN. O Setor está organizando ato para o dia 27 de setembro onde docentes de todo o país irão às ruas por financiamento público, carreira, salário e previdência.
Motivos para a luta
Esta é a primeira vez, desde 1990, que os docentes amargam quatro anos de congelamento salarial. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o prejuízo já representa a maior perda salarial dos últimos 20 anos para os professores das Universidades Estaduais Baianas. De acordo a análise, para recompor as perdas do último período é necessário um reajuste de, no mínimo, 21,10%.
A falta de orçamento também impacta na realidade das universidades. Apenas nos últimos quatro anos o governo Rui Costa cortou mais de 200 milhões no orçamento de custeio e investimento das quatro universidades estaduais. Isso é o equivalente a quase um ano de orçamento das universidades. Ao todo, são quatro anos funcionando apenas com o orçamento suficiente para três.
A escassez de recursos é responsável por problemas como o atraso no pagamento de bolsas de pesquisa; a falta de restaurantes universitários; falta de moradias estudantis; problemas nos laboratórios entre outras questões. As instituições atravessam 2018 com um o contingenciamento entre 30% e 40%. A luta é pelo aumento para 7% da R.L.I.
Lentidão nas respostas e pauta 2018
A pauta de reivindicações do Movimento Docente foi protocolada nas instâncias governamentais desde o dia 18 de dezembro de 2018. De dezembro até então, o governo não apresentou nenhuma resposta efetiva que resolva, de fato, os problemas das Universidades Estaduais.