Estamos no final de janeiro de 2019 e tudo indica que teremos um ano de muitas lutas. Diante de tal perspectiva, a CSP-Conlutas aprovou na Secretaria Executiva Nacional um calendário inicial de atividades e mobilizações que deve ser incorporado pelas entidades e movimentos ligados à Central.
Organizar trabalhadores e trabalhadoras, movimentos populares e juventude para enfrentar política de ultra direita do governo Bolsonaro (PSL) é a tarefa que está colocada para o momento.
Diante da permanência da crise econômica mundial, governos do mundo todo atacam os salários e as condições de vida da maioria do povo e se defrontam com reação dos trabalhadores que se mobilizam em defesa de seus direitos. É assim na França, na Argentina, nos Estados Unidos.
O governo Bolsonaro (PSL) não fará diferente e buscará atacar mais direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. É apoiado pelas Forças Armadas e os setores mais conservadores.
Assim, não podemos fazer diferente dos que lutam nos diversos países contra os governos de Trump, nos EUA, de Macri, na Argentina, e de Macron, na França.
Bolsonaro e sua equipe, em apenas três semanas de governo, e com apoio dos empresários e latifundiários, já desferiram uma série de ataques aos trabalhadores. Entre eles, o valor aviltante do salário mínimo; o fim do Ministério do Trabalho que implica no fim da Justiça do Trabalho; a exclusão dos LGBTs das políticas públicas, a divulgação das pretensões de uma reforma da Previdência mais cruel do que aquela tentada por Temer; tirar a autonomia da Funai (Fundação Nacional do Índio) passando suas decisões para as mãos de ruralistas, a saída do Brasil do Pacto Global de Migração da ONU, que significa um violento ataque aos imigrantes e outros anúncios.
Diante dessa realidade, é muito importante jogarmos todos os esforços para unificar a luta contra os ataques e em defesa dos direitos.
Nossa Central participa da convocação das Centrais Sindicais que indica plenárias estaduais e a Plenária Nacional no dia 20 de fevereiro quando será lançado o Fórum Nacional de Lutas com bandeira central na mobilização contra a Reforma da Previdência.
Para a CSP-Conlutas essas movimentações devem estar a serviço de criar as condições para a construção da Greve Geral.
Nossa Central também jogará peso e esforço para estimular e unificar as Campanhas Salariais nesse período, nessa luta de defesa de direitos e contra os ataques às liberdades democráticas.
Devemos defender, portanto, a aplicação desta política em todos os fóruns, instâncias, seminários, congressos e assembleias sindicais ou do movimento popular em que atuamos o calendário abaixo:
Calendário de Lutas
Janeiro
Dia 18/01 – Fórum sindical, popular e de juventude de luta pelos direitos e pelas liberdades democráticas
Dia 21/01 – Atos em defesa da Justiça do Trabalho;
Dia 31/01 – Reunião interinstitucional no MPT BSB
Fevereiro
Dia 02/02 – Plenária Intercategorias chamada pela Fentect;
Dia 05/02 – Ato Nacional em defesa da Justiça do Trabalho;
Dia 20/02 – Plenária Nacional Sindical e Popular em defesa da Previdência, das aposentadorias, direitos e Liberdades democráticas;
Março de luta
Dia 08/03 – Dia internacional de luta da Mulher trabalhadora;
Dia 14/03 – Manifestações no dia do assassinato de Mariele;
Dia 28/03 – Atividades no dia do assassinato do estudante Edson Luís (1968)
Principais bandeiras defendidas pela CSP-Conlutas
– Contra a Reforma da Previdência e o ataque aos direitos dos trabalhadores;
– Contra as Privatizações! Em defesa das estatais e da soberania nacional!
– Contra a Reforma Trabalhista, a PEC 300 e o fim da justiça do trabalho (com atos já programados a partir de 21/01);
– Defesa dos povos indígenas, quilombolas e camponeses e da luta a favor da Demarcação das terras, Titulação e Reforma Agrária;
– Plano emergencial de geração de empregos com garantia de direitos e salário digno;
– Contra toda a forma de opressão, discriminação e exploração! Basta de Racismo, LGBTfobia, xenofobia, machismo
– Basta de violência e feminicídio! Por emprego e mais investimentos em políticas públicas de combate a violência machista;
– Em defesa das liberdades democráticas, contra a criminalização das lutas e dos lutadores, contra a lei antiterrorismo;
– Em defesa dos serviços públicos e dos servidores;
– Apoio à luta contra os aumentos das tarifas de transporte;
– Em defesa de Escola Pública e Laica.
Fonte: CSP - Conlutas