Atividades em Brasília iniciam luta em defesa dos serviços públicos e contra Reforma Administrativa

Sob o governo Bolsonaro os serviços públicos vêm sofrendo um verdadeiro desmonte, que tem precarizado o atendimento para a população em várias áreas essenciais. O caos no INSS é um dos exemplos mais gritantes desta situação.

É para enfrentar esses ataques que o funcionalismo em todo o país começa a intensificar a mobilização para barrar a destruição dos serviços públicos no país. Nesta semana, várias atividades ocorreram em Brasília, marcando o início da mobilização dos trabalhadores contra os ataques do governo.

Na terça-feira (11), houve ato em frente ao Ministério da Economia, quando os manifestantes tentaram entregar a pauta de reivindicação da campanha salarial para o governo e repudiaram as declarações do ministro Paulo Guedes, que ofendeu os servidores acusando-os de “parasitas”.

Contudo, em mais uma demonstração do caráter antidemocrático do governo de ultradireita de Bolsonaro, nenhum assessor do ministério recebeu representantes das entidades para protocolar a pauta. O fato é que este governo está determinado a desvalorizar os trabalhadores e destruir os serviços públicos.

Nesta quarta, teve mais mobilizações na Câmara dos Deputados. Em um dia de atividades organizado pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, houve ato político com a participação das centrais sindicais, parlamentares e lideranças sociais e um seminário sobre a Reforma Administrativa.

O governo anunciou que encaminhará ao Congresso essa reforma nos próximos dias, em mais um brutal ataque.

O integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela participou das atividades e denunciou a gravidade do ataque do governo Bolsonaro, principalmente com a reforma administrativa, e chamou à unificação das lutas.

“A luta contra a reforma administrativa de Bolsonaro é a defesa dos serviços, das condições mínimas de atendimento à população pobre deste país”, afirmou Barela durante o ato nesta quarta-feira.

O dirigente também respondeu às calúnias de Paulo Guedes que chamou os servidores de parasitas. “Parasitas são banqueiros que usam Dívida Pública para enriquecer. São os latifundiários que destroem o meio ambiente e praticam o genocídio de indígenas. São os grandes empresários que exploram os trabalhadores e impõem medidas como a reforma Trabalhista que ataca direitos e aumentou o desemprego e a precarização. Parasita é o sistema capitalista”, afirmou.

Segundo Barela, para avançar a luta contra Bolsonaro e barrar seus ataques é preciso construir uma Frente Única da classe trabalhadora, unificando as centrais, os sindicatos e organizações populares. “Não há saída que não seja a luta e tem de ser agora. Não podemos esperar ou apostar no calendário eleitoral. Bolsonaro precisa ser derrotado nas ruas”, disse.

No ato político com parlamentares, centrais e organizações, Barela encaminhou uma moção de apoio à greve dos petroleiros, que foi aprovada pelo plenário por aclamação.

“Lançamos nossa campanha, iniciamos o calendário de luta dos servidores públicos federais e seguiremos rumo à preparação do dia 18 de março, dia de mobilizações nacional do funcionalismo e setores da educação. Antes, no 8 de março, também nos incorporaremos à construção de um forte dia internacional de lutas das mulheres, e seguiremos em total apoio aos petroleiros em greve, aos trabalhadores dos Correios que também apontam paralisação para 3 de março. Precisamos unificar as lutas e avançar na construção de uma Greve Geral”, concluiu.

Via cspconlutas.org.br