Adusb fortalece atividade do Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista
Participação da diretora sindical da Adusb, Suzane Tosta, na transmissão ao vivo

Na noite da quinta-feira (16), o Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista realizou transmissão ao vivo para denunciar a política genocida dos governos, o fascismo e o racismo. A atividade contou com a participação de sindicatos, artistas, movimentos sociais e populares. A Adusb constrói o Fórum e fortaleceu a mobilização com o debate sobre os ataques aos povos indígenas.

O manifesto do Fórum Sindical e Popular afirma que o país passa por um “aprofundamento das políticas ultraliberais, uma crise estrutural do capitalismo e o avanço do fascismo. O resultado dessa conjuntura é a piora nas condições de vida das trabalhadoras e trabalhadores. No Brasil, o desemprego atinge mais de 12 milhões de pessoas e o acesso aos serviços essenciais como educação, saúde e moradia é precário ou inexiste para uma grande parte da população, esquecida e marginalizada”.

Durante a atividade, a diretora sindical da Adusb, Suzane Tosta, alertou que “a pandemia vem somar a todo esse processo de avanço da degradação das condições de trabalho”. Além disso, é preciso desmistificar a ideia difundida de que o coronavírus é democrático, pois a pandemia “se expressa e ela tem raça, gênero e classe”.

Uma face deste processo se dá pelo alto impacto da política genocida do governo Bolsonaro nos povos indígenas. A taxa de mortalidade pela COVID-19 entre os povos originários é 150% maior que a média nacional, conforme dados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam).

O coronavírus tem chegado com cada vez mais força em regiões habitadas por indígenas e comunidades quilombolas. Suzane aponta que esta realidade é consequência da presença e “constante ameaça de invasão pelos grileiros, pelos madeireiros, pelas milícias armadas e também pelos militares”. A diretora sindical defende que todo este cenário faz parte da “necropolítica proposital do governo Bolsonaro para destruir os povos do campo e os trabalhadores pobres e negros das periferias urbanas”.

A transmissão ao vivo também trouxe discussões sobre a conjuntura nacional; defesa da vida da classe trabalhadora, do SUS, da educação pública, das frações da classe trabalhadora mais precarizadas e das liberdades democráticas; combate às privatizações, ao racismo e ao fascismo. Participaram da atividade também o Sindicato dos Bancários, SIMMP, Sindsaúde, Unidade Classista, UJC, Coletivo LGBT Comunista, PSOL e Agentes de Pastoral Negros.

O Fórum Sindical e Popular

É formado por um conjunto de sindicatos, movimentos sociais e populares de Vitória da Conquista, responsável por debater temas relevantes da conjuntura nacional, estadual e municipal. Cumpre ainda o relevante papel de articular ações e manifestações conjuntas entre as organizações participantes.

A Adusb constrói o Fórum Sindical e Popular deste a sua reorganização em 2013, impulsionada pelas Jornadas de Junho. Desde então, diversas lutas foram  travadas como o combate à PEC do Teto de Gastos, Reformas da Previdência e Trabalhista, Lei das Terceirizações, dentre outras pautas municipais, estaduais e nacionais.