Repugnante: vídeo flagra deputado Fernando Cury assediando deputada em sessão da Alesp. Toda solidariedade à Isa Penna!

As imagens falam por si. Durante sessão na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), na quarta-feira (16), a deputada estadual Isa Penna (PSOL), está em pé, em frente à Mesa Diretora, conversando com o presidente da Casa.  É aí que chega o deputado Fernando Cury (Cidadania), encosta por trás na parlamentar e põe a mão em seu seio. Ela imediatamente repele o assédio. Ele novamente volta a colocar o braço sobre ela, o que é novamente repudiado.

Segundos antes, as gravações da sessão mostram outro momento. Antes de se dirigir até a deputada, Cury estava em grupo com outros parlamentares, fala algo, começa a sair, outro deputado tenta segurá-lo, mas ele se desvencilha e vai assediar Isa.

“Me sinto enojada”, declarou a deputada Isa Penna, em entrevista à CNN, ainda na noite de ontem depois que o caso viralizou nas redes sociais, causando repúdio e indignação.

“Esses homens têm uma vivência de como se fossem deuses, autoridades inatingíveis pelo povo”, disse. Ao contrário do que cinicamente tentou se justificar Cury, após a repercussão imediata do assédio, Isa Penna disse que não considera o ato um abraço e que sequer sabia o nome de Cury. “Não foi um abraço porque eu senti a mão dele. Ele pegou no peito”, disse.

Isa Penna registrou boletim de ocorrência e também entrou com uma representação na Alesp contra o deputado.

Segundo nota do PSOL, Isa e outras parlamentares já foram assediadas em outras ocasiões. “A deputada Isa Penna é conhecida por atuar em prol do combate à violência contra as mulheres e afirma que a violência política de gênero que sofreu publicamente na Alesp infelizmente não é um caso excepcional, dado que ela e as deputadas Mônica Seixas e Erica Malunguinho, do mesmo partido, já foram assediadas em ocasiões anteriores.

A CSP-Conlutas expressa todo repúdio a esse assédio repugnante ocorrido publicamente na Alesp contra a deputada Isa Penna. Exigimos punição ao assediador Fernando Cury (Cidadania).

“Esse crime não é apenas contra Isa. Mas contra todas as mulheres que, seja nos espaços da política, como na Alesp, mas também nos transportes públicos, nos locais de trabalho, nas ruas, em casa, têm de enfrentar o machismo e a violência todos os dias. O caso é reflexo da naturalização e impunidade dos casos de machismo encorajando os homens a agirem em qualquer lugar. Não vamos aceitar. Seguiremos denunciando, exigindo punição aos agressores e numa luta diária contra o machismo e a violência contra as mulheres”, afirma a integrante do Movimento Mulheres em Luta, Marcela Azevedo.

CSP-Conlutas