9 de Julho: data resgata Greve Geral de 1917 no Brasil e homenageia trabalhadores da saúde

A Greve Geral de 1917, ocorrida há 104 anos, perdeu o jovem sapateiro José Martinez assassinado por soldados da antiga Força Pública no dia 9 de julho daquele ano.

Em 2017, a data da morte de sua morte, inspirou a criação do Dia da Luta Operária, a partir de um projeto de lei municipal de autoria do vereador Antônio Donato (PT), de São Paulo. Desde então a data é comemorada para lembrar os nossos.

Neste ano, o ato político acontecerá Ato político na Quadra dos Bancários de São Paulo, na rua Tabatinguera, 192, às 18 horas, e haverá transmissão ao vivo no Facebook e Youtube do vereador Donato (@donatopt) e das Centrais Sindicais

É essa mobilização que o Dia da Luta Operária de 2021, no próximo dia 9 de julho, fará – homenagear os que participaram dessa greve e também cinco trabalhadoras e trabalhadores que representarão a luta em defesa do movimento operário brasileiro, pela liberdade e pela democracia no Brasil. Além desses, os profissionais que atuam na área da saúde que estão desde o início da pandemia da covid-19 expondo suas vidas para salvar vidas também serão homenageados.

Os homenageados são a professora da USP Lenina Pomeranz, primeira mulher a ocupar o cargo de diretor-técnico do Dieese; o ex-presidente da Federação dos Urbanitários de São Paulo Hugo Perez, idealizador do 1º Conclat (Congresso da Classe Trabalhadora) de 1981; a enfermeira Lourdes Estevão, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo; o médico pneumologista do Ambulatório de Doenças Respiratórias Ocupacionais do Incor Ubiratan de Paula Santos; e o líder metalúrgico de Osasco José Campos Barreto, o Zequinha Barreto, assassinado pela ditadura militar brasileira.

Lenina Pomeranz e Hugo Perez receberão o troféu José Martinez, criado para o Dia da Luta Operária, por escolha das centrais sindicais organizadoras do evento. Lourdes Estevão e Ubiratan de Paula Santos serão homenageados, em nome de todos profissionais de saúde, pelo importante trabalho que esta categoria vem fazendo no enfrentamento da pandemia de coronavírus. José Campos Barreto, o Zequinha Barreto, será laureado in memoriam pela luta em defesa do movimento operário e por ocasião dos 50 anos do seu assassinato por agentes do Estado brasileiro.

Segundo o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, relembrar essas datas de luta dos trabalhadores são fundamentais. “São datas que resgatam nossa história de lutas e reforçam que o caminho da classe trabalhadora é o da luta contra seus algozes”.

As homenagens são uma iniciativa do vereador Antonio Donato (PT), em parceria com as centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSP-Conlutas, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Também participam da homenagem o Centro de Memória Sindical, Instituto Astrogildo Pereira, IIEP e Oboré Projetos Especiais.

Via cspconlutas.org.br