2 de outubro: Manifestações mobilizam milhares de pessoas pelo Fora Bolsonaro
Adusb se mobiliza em Vitória da Conquista

O sexto dia nacional de luta pelo Fora Bolsonaro, realizado neste sábado (2), foi marcado pela indignação da população brasileira com a política de morte e miséria do governo Bolsonaro. Mais de 300 cidades no Brasil e no exterior organizaram protestos. A Adusb fortaleceu as atividades em Jequié e Vitória da Conquista.

O ato público em Vitória da Conquista teve concentração no Espaço Glauber Rocha, localizado na Av. Brumado, e seguiu em marcha, passando pela Estação Herzem Gusmão e encerramento na Praça 9 de Novembro. Foi a maior manifestação desde o início dos protestos pelo Fora Bolsonaro e recebeu o acolhimento de quem transitava pelo percurso. A situação demonstra o crescimento da insatisfação popular com os altos preços, os mais de 14 milhões de desempregados e os escândalos de corrupção.

Manifestação Fora Bolsonaro em Jequié 

Em Jequié, a manifestação aconteceu na Praça Ruy Barbosa, com a participação de diversos sindicatos e movimentos sociais. As organizações denunciaram o descaso do governo Bolsonaro e suas contradições, responsáveis pela piora das condições de vida do povo brasileiro.

“Enquanto se luta tanto para que as pessoas tenham condições dignas num momento de alta de desemprego, num momento de inflação no preço da gasolina, gás de cozinha. Tudo muito alto. No momento em que as pessoas lutam para ter um auxílio emergencial, o presidente vai fazer uma motociata e gasta milhões de reais. As pessoas que vieram aqui antes falaram muito bem, é um desgoverno. A gente vai caminhando para o abismo. E não adianta ele dizer que quer fazer, mas não tem apoio. Ele tanto tem apoio que mais de 100 pedidos de impeachment ainda não foram levados nem para discussão no Congresso, porque são barrados por Arthur Lira”, criticou Hayaldo Copque, diretor de comunicação da Adusb.

Reforma Administrativa

Uma das pautas levantadas pela Adusb durante o 2 de outubro foi a necessidade de barrar a Reforma Administrativa (PEC 32), que está em tramitação no Congresso Nacional. A vice-presidente regional da Adusb, Andrea Gomes, apontou que o “Fora Bolsonaro está diretamente ligado à Contrarreforma Administrativa. Porque atacar o servidor público significa atacar os serviços públicos prestados por eles para a população. Significa dizer que nós teremos menos saúde, menos educação, menos segurança pública e menos acesso ao direito de ser defendido quando precisamos da Justiça, então o ato Fora Bolsonaro significa mais Estado, mais justiça social no nosso país”.

Saúde e Educação

A Adusb também denunciou a política de desinvestimento público na saúde e educação, especialmente durante a pandemia. “É um governo que tem destruído a nossa população aumentando o desemprego. Um governo que tem cortado verbas da saúde, da educação. As universidades estão aí sofrendo com a falta de recursos, principalmente para investimento nas pesquisas. E graças à universidade pública que nós conseguimos realizar várias pesquisas em combate ao covid. Graças ao SUS que a população conseguiu sobreviver, se não nós teríamos muito mais que 600 mil pessoas mortas pelo covid”, pontua Silvio Arcanjo, diretor sindical da Adusb.

Para a diretora financeira da Adusb, Ana Angélica Barbosa, o governo Bolsonaro “desfez todas as políticas públicas. As universidades públicas estão depauperadas. A gente não sabe porque é uma luta silenciosa. As universidades estaduais também. Vocês sabem que a universidade é onde se produz o conhecimento no Brasil. Se não fossem as universidades, hoje não teríamos vacinas, mas infelizmente a grande população não visualiza esse contexto. Precisamos sim continuar na luta, resistindo, persistindo, porque não podemos desistir”.

Fora Bolsonaro e Mourão!

A vice-presidente da Adusb, Suzane Tosta, durante o trajeto da manifestação em Vitória da Conquista, dialogou com a população nas ruas. Ressaltou a chegada da primavera e como esta é utilizada para lembrar de grandes momentos de luta da classe trabalhadora em todo mundo. A dirigente convidou trabalhadoras e trabalhadores a fortalecerem a resistência contra o Fora Bolsonaro, pois “é hora de mudar! Porque se não mudarmos agora, nós vamos sucumbir à miséria e à fome. Viva a classe trabalhadora! Fora projeto de morte! Fora Bolsonaro! Fora genocidas e fora todos usurpadores da riqueza nacional. Vamos à luta, a primavera já chegou”.