Repúdio: grupo fascista na Itália invade e depreda a sede do principal sindicato do país
Dias após o ataque, movimentos realizaram dia de greve e ato contra grupos fascistas está marcado para 16 de Outubro

Um grupo de ultradireita fascista na Itália invadiu e depredou a sede do maior sindicato italiano, a CGIL (Confederação Geral Italiana dos Trabalhadores) no último sábado, 9 de Outubro.

O ataque ocorreu durante um ato de rua que fora convocado contra o chamado “Passe Verde”, espécie de passaporte sanitário com comprovação vacinal para covid-19, exigido pelas empresas aos trabalhadores.

Cerca de 10 manifestantes foram detidos, dentre eles Roberto Fiore e Giuliano Castellino, líderes do Forza Nuova, movimento fascista autor do ataque.

O Partido Alternativa Comunista italiano da Quarta Internacional condenou o ataque e ainda alertou para o fato de que polícia que acompanhava a manifestação foi cúmplice do ato de violência.

A organização partidária expressou solidariedade a todas e todos trabalhadores da CGIL que sofreram a ofensiva fascista e evidenciou que para além disso é preciso fazer a crítica em relação à direção da central sindical, que tem se prestado a colaborar com o governo de Draghi e a patronal que massacra diariamente a classe trabalhadora.

Para o partido, há de se adotar medidas mais concretas de luta, como uma greve geral contra o governo e os patrões e a construção da autodefesa dos trabalhadores contra os fascistas.

Dois dias após o ataque à CGIL, uma greve geral mobilizou ao menos 12 importantes cidades da Itália. Conforme a organização Si Cobas, filiada à Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, relatou em suas redes sociais, o dia de ação foi muito bem sucedido, com caráter internacionalista, tendo recebido apoio de diversos países.

Enfrentar os ataques como demissões, precarização do trabalho, conduta capitalista agressiva durante a crise sanitária é, para a entidade, dever de todas as entidades sindicais.

Um novo protesto está marcado para o dia 16 de Outubro, e os movimentos levantarão a bandeira “Fascismo nunca mais!”.

A CSP-Conlutas repudia o ato dos grupos fascistas e neonazistas na Itália e se coloca em solidariedade junto às trabalhadoras e os trabalhadores que enfrentam manifestações de ódio racistas e autoritárias e os ataques constantes dos governos e dos patrões.

 

CSP-Conlutas