1° de Maio é dia internacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras! Fora Bolsonaro e Mourão!

A independência de classe, a luta contra o capitalismo, em defesa do socialismo e o internacionalismo são as bases que fundam o Dia Internacional de Luta do Trabalhador (1º de maio) em todo o mundo.

Neste domingo, a CSP-Conlutas seguirá esta tradição e participará de atos do 1⁰ de Maio sem patrões, dos de baixo contra os de cima, contra as opressões e em defesa da classe trabalhadora em todo mundo contra o capitalismo. Honraremos também a tradição internacionalista, de unidade e solidariedade da nossa classe, em defesa da resistência do povo ucraniano que luta há dois meses contra a invasão russa.

Leia a nota da CSP-Conlutas:  1° de Maio: por atos internacionalistas e com independência de classe. Fora Bolsonaro e Mourão, já!

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Não estaremos em palanques com partidos e setores da burguesia

Em São Paulo e outros estados, a CUT, Força Sindical, CTB e outras centrais sindicais decidiram cerrar fileiras com partidos e setores que representam a burguesia e os patrões e subir no mesmo palco neste 1⁰ de Maio. Como eles mesmo disseram, só não convidaram Bolsonaro. Assim como ocorreu na Conclat 2022 (Conferência Nacional dos Trabalhadores), pretendem realizar um 1° de Maio à serviço da Frente Ampla e da candidatura Lula/Alckmin. Esse é o caráter do ato nacional convocado em São Paulo, bem como em outros estados.

A CSP-Conlutas sempre construiu pautas comuns para as lutas e manifestações com as demais centrais e organizações na defesa da classe trabalhadora. E podemos fazer unidade de ação pelas liberdades democráticas ou pelo Fora Bolsonaro, por exemplo, com outros setores fora da nossa classe. Mas não no 1⁰ de Maio, uma manifestação da classe trabalhadora, cujo sentido é a luta contra a exploração capitalista.

Nos locais onde os atos de 1° de Maio serão palco para essa famigerada conciliação de classes, estratégia que não serve aos trabalhadores e abre caminho para futuros ataques e traições, a CSP-Conlutas decidiu não se incorporar e buscar a realização de atos alternativos, classistas e de luta.

Atos marcados

Em São Paulo (SP), o ato alternativo da CSP-Conlutas será realizado na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, às 14 horas.

Em Belém (PA), a CSP-Conlutas realiza o ato 1º de Maio de Luta em frente ao Mercado de São Brás, a partir das 9h.

Em Fortaleza (CE), a CSP-Conlutas realiza ato independente na Areninha do Pirambu (Av. Presidente Castelo Branco, 1980, Jacarecanga), às 9 horas.

Em Brasília (DF), o ato será às 9 horas, no Eixão Norte (108/109), e reunirá a CSP-Conlutas e outras entidades e centrais que na capital federal não concordaram com um ato de conciliação, como o ANDES-SN, a CTB, a Pública, entre outras. Somente a CUT fará um ato separado seguindo sua orientação nacional.

No Maranhão, na capital São Luis, haverá panfletagem nas feiras do João Paulo e Liberdade, às 8 horas.

Em Vitória (ES), também haverá ato unitário na Praça Costa Pereira, das 9h às 14h.

Em Aracaju (SE), terá ato unitário com concentração na Praça Ulisses Guimarães, às 9h, no Santos Dumont, próximo ao terminal da Macaraju, com caminhada até o GBarbosa, do Bugio.

Apontar a luta independente dos trabalhadores e o socialismo

Como afirma a nota da CSP-Conlutas para este 1° de Maio,  estamos vendo uma onda de mobilizações no país, em que diversas categorias explodem em lutas contra a situação de carestia dos alimentos, preços dos combustíveis, destruição do meio ambiente e ataques aos direitos, promovidos por governos e patrões.

Trabalhadores da CSN realizam uma mobilização que desafia a mineradora privatizada anos atrás e a burocracia sindical. Metalúrgicos da Avibras após 30 dias de uma poderosa mobilização conseguiram reverter 420 demissões e reintegrar os trabalhadores. Garis no Rio de Janeiro, trabalhadores rodoviários, funcionalismo municipal, estadual e federal de várias categorias como professores, servidores do INSS, trabalhadores de aplicativos, metroviários, entre outros, realizam greves, protestos e paralisações em todo o país no último período. Moradores de ocupações lutam contra despejos; povos indígenas, quilombolas e camponeses resistem aos ataques do governo Bolsonaro a seus territórios.

Os movimentos sindical e popular têm de apontar uma saída aos trabalhadores que não passe por projetos de conciliação de classes e alianças com a burguesia. É necessário apontar a ação independente dos trabalhadores e a ruptura com este sistema capitalista de exploração e a necessidade do socialismo.

Fazemos um chamado aos trabalhadores/as, à juventude, às organizações sindicais e movimentos populares da cidade e do campo, construir um 1° de Maio alternativo de Luta, Classista e Internacionalista.

Por emprego, direitos e aumento geral dos salários!

Pela redução e congelamento dos preços dos alimentos, combustível e gás de cozinha!

Pelo direito à moradia, Despejo Zero!

Reforma agrária, titulação e demarcação das terras de povos indígenas e quilombolas, já!

Fora Bolsonaro e Mourão!

Pela vitória da resistência Ucraniana. Fora as Tropas de Putin e pelo fim da OTAN!

 

CSP-Conlutas